O ano de 2017 foi considerado, segundo pesquisas e registros aeronáuticos em todo o mundo, o ano mais seguro da aviação, onde não foram registrados acidentes fatais envolvendo voos comerciais. Os registros de acidentes obtidos são de voos em aeronaves de carga e outros cinco voos com passageiros, não comerciais.
Com o aumento na demanda de voos, mais frequentes saindo e voltando em direção ao interior do país, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) registrou um aumento crescente na frota de aeronaves no país, além da ampliação da malha de voos nacionais e internacionais. Ao todo são cerca de 507 aeronaves, utilizadas por 15 empresas aéreas com autorização para voar dentro das diretrizes de navegação exigidas pelas instâncias nacionais e internacionais de segurança no espaço aéreo.
O Brasil atualmente é um dos países mais cobiçados pelas fabricantes de aeronaves no mundo, justamente por suas dimensões continentais e diversidade climática, além de abrigar uma das principais concorrentes, a fabricante e ex-estatal brasileira Embraer, que hoje domina o mercado de aeronaves narrow-body (corredor único) regionais de curta e média distancia mundialmente.
Fabricantes por unidades no país:
A atuação das aeronaves comerciais matriculadas no país hoje é liderada pela europeia Airbus, que possui uma frota de 189 aeronaves das famílias A320, A330 e A350, divididas entre as companhias Azul Linhas Aéreas, LATAM Linhas Aéreas e Avianca Brasil. Já a Boeing, que já foi líder de mercado, hoje ocupa o segundo lugar com cerca de 162 aeronaves das famílias 727, 737, 767 e 777, onde se concentram principalmente na Gol Linhas Aéreas Inteligentes; na LATAM Linhas Aéreas, com as aeronaves de grande performance e alcance, e em algumas empresas de carga, como a Sideral Air Cargo, LATAM Cargo e a novata Modern Logistics. A Embraer atua hoje com a companhia aérea que mais possui voos regionais no país, a Azul, que possui 74 modelos da fabricante, além da atuação da empresa franco-italiana ATR, que fornece os jatos turbo-hélice que operam em aeroportos menores e de difícil acesso, operando também nas companhias Passaredo, MAP e Total.
Frota por companhia aérea:
A idade das aeronaves sempre foi um dilema por ser algo, em suma, irrelevante do ponto de vista técnico, mas totalmente relevante para o passageiro, que sempre está interessado no mais novo e moderno possível. As companhias vem então há alguns anos investindo em renovação de sua frota, chegando hoje a equiparar-se com países dos quais recebem em primeira mão equipamentos de última geração, fazendo do Brasil o país com a frota mais jovem dentre as principais companhias aéreas da América atualmente.
A Avianca Brasil, administrada agora pelo conglomerado administrativo Avianca Holdings, do grupo Sinergy, detém hoje o título de frota mais jovem do país com o ingresso dos modernos e silenciosos A320neo, além dos modelos A320 e A319 da Airbus, incluídos desde 2010 à frota, e dos modelos A318 e Fokker 100 (MK28) sendo aposentados ou devolvidos aos lessores, tornando a idade média da frota de cerca de 3,8 anos. Logo em seguida temos a Azul, com sua frota de jatos regionais ATR 72 e Embraer E190 e E195, além dos também recém incluídos A320neo e A330, totalizando 5,1 anos de idade média da frota. Na sequência a LATAM, com cerca de 145 aeronaves e com idade média de 7,9 anos, sendo a companhia com a maior frota e a segunda mais diversificada em modelos de aeronaves do país, ficando atrás apenas da Azul.
Já a Gol Linhas Aéreas, que se popularizou com os jatos Boeing 737-700 e 737-800, possui uma frota com média de 8,8 anos, devido algumas das aeronaves serem advindas das últimas unidades adquiridas da extinta Varig, que decretou falência e foi extinta em 2006, sendo que parte da sua frota foi adquirida pela Gol.
Idade média das aeronaves por companhia aérea:
Segundo o Portal Ponte Aérea, ainda no que se refere a números da aviação comercial brasileira, 482 aeronaves são puramente de transporte de passageiros, 23 dedicadas totalmente ao transporte de carga e 2 são de categoria “indecisos”, que são os chamados Quick-Change, aviões que são convertidos do formato passageiros para cargo e vice-versa, em menos de 1 hora.