O último dia 13 de julho foi uma data simbólica: a escolhida para o Dia Mundial do Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), um transtorno neurobiológico crônico que afeta de 3% a 5% crianças em idade escolar, com maior prevalência entre os meninos. Os sintomas se manifestam na infância, podem perdurar por toda a vida, mas se tornarem mais leves com o diagnóstico e tratamento correto.
Segundo a psicóloga Helena Cristina, em entrevista exclusiva para o Portal Badalo, o TDAH “é um transtorno do neurodesenvolvimento dos mais comuns e um dos mais incompreendidos”. Helena ressalta ainda a importância do diagnóstico precoce do TDAH.
“Este diagnóstico pode vir a servir como uma bússola promotora de inúmeras intervenções, de possibilidades que esse sujeito possa vir a ter de minimizar os prejuízos causados pelo TDAH em sua vida. Muitas crianças são castigadas, adultos perdem seus trabalhos e têm dificuldades em seus relacionamentos porque, de fato, não sabem o que têm; não é compreendido o que sentem, o que fazem, o que têm, e isso promove uma série de prejuízos ao longo da vida dessas pessoas”, disse.
Sintomas e causas
As características apresentadas por uma pessoa com TDAH são desatenção, desassossego ou impulsividade. Isso geralmente causa um prejuízo pedagógico nas crianças, e traumas psicológicos, além de um reflexo negativo no convívio em sociedade. Os sintomas podem se apresentar em diferentes graus de intensidade.
Segundo o DSM.IV, o manual que classifica as doenças mentais, há três classificações para o TDAH: a) com predomínio de sintomas de desatenção; b) com predomínio de sintomas de hiperatividade/impulsividade; c) um combinado dos dois. A causa é geralmente por conta de uma predisposição genética e/ou alterações nos neurotransmissores (dopamina e noradrenalina) que estabelecem as conexões entre os neurônios na região frontal do cérebro.
Tratamento
De acordo com Helena Cristina, o tratamento se dá em dois passos. Confira a declaração da psicóloga no vídeo abaixo.