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O esquecido drama de quem vive com pessoas que sofrem de depressão

26 de setembro de 2019 19:00
O esquecido drama de quem vive com pessoas que sofrem de depressão

FOTO: GETTY IMAGES

Unimed Notícias

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), mais de 11 milhões de brasileiros sofrem com a depressão. Pelo mundo, são quase 300 milhões de pessoas, números que fizeram a OMS chamar a doença de “mal do século”.

Tratamentos psiquiátricos e terapias diversas são apresentadas em textos e programas de TV. Famosos e até youtubers têm falado muito mais da doença, mas uma parte importante desta equação toda parece ficar de lado: o cuidador. Por ser um conjunto de sintomas que podem estar presentes em aspectos variáveis em cada pessoa, a depressão não é fácil de ser diagnosticada. E a pessoa que convive com o doente rotineiramente também pouco sabe o que fazer.

Segundo o Ministério da Saúde, um paciente com depressão pode apresentar tristeza profunda, falta de apetite, de ânimo, pessimismo, baixa auto-estima – que aparecem com frequência – e podem combinar-se entre si. De acordo com os especialistas, o crescimento do diagnóstico pode estar ocorrendo por conta de maiores cobranças sociais e pessoais de hoje. Mas também existe mais informação e aos poucos os preconceitos estão sendo combatidos e reduzidos, o que aumenta a quantidade de pedidos de ajuda e, consequentemente, os diagnósticos.

Parceiros

O psiquiatra Roni Cohen, diretor do Centro Brasileiro de Estimulação Magnética (CBREMT), aponta onde normalmente é o calcanhar de Aquiles do parceiro: “Realmente aqueles que cuidam ficam em segundo plano. Cuidar de uma pessoa com depressão requer uma sobrecarga emocional grande, principalmente porque, além de absorver o sentimento do outro, advém uma sensação de impotência quando se percebe que nem sempre a ajuda está sendo efetiva”.

O arquiteto S. (que preferiu não se identificar), de 33 anos, conta como aprendeu a se frustrar com a noiva, a médica I.. Ele revela que a maior dificuldade disso é saber como lidar com ela em momentos críticos. “Você sempre quer que a pessoa que você ama se sinta bem, feliz, quer fazer coisas legais juntos e às vezes eu tinha que entender que não conseguiria isso, não importa o que fizesse.

É muito frustrante”, explica. “E algo que agrava isso é o fato de que muitas vezes não havia nenhum motivo ‘real’ pra que ela se sentisse triste. Então não há um problema que você possa resolver e fazer tudo ficar bem”. Um outro motivo para agravar o problema foi a negligência da família, algo muito comum no mundo dos depressivos.

“Eles (os familiares) tinham um certo preconceito com tratamento psiquiátrico e medicação. A depressão dela nunca me causou transtornos diretamente, mas sim à ela. Mas como vivemos juntos me atingem de alguma forma. Não procurei ajuda psicológica e tenho certeza que isso traria benefícios.”. A perda de compromissos importantes era um dos maiores problemas. “Há dias que ela acaba dormindo o dia todo e perde compromissos”.

As dificuldades também são relatadas pelo administrador de empresas Henrique Luiz, de 38 anos, que cuida do pai doente, de 74 anos, que preferiu não ser identificado. Além da depressão, o pai foi diagnosticado com transtorno bipolar: “A maior dificuldade realmente é se aproximar em tempos de “mania”, quando ele acha que está super bem e pode tudo. É neste momento que ele acaba pisando em cima de todos”, relata Henrique. “Já colocamos remédios nos sucos e café para tentar conter ele – com orientação médica ¬, até que a internação foi nossa última saída.

Minha mãe, hoje falecida, sofria demais com isto, e hoje vejo que meu irmão sofre por morar com ele.” Henrique acabou tendo que fazer um tratamento psiquiátrico, onde foi diagnosticado com Depressão Pós Traumática e ficou um bom tempo com remédios e terapia. “Infelizmente, o meu irmão, apesar de demonstrar claramente desequilíbrio emocional devido a condição do meu pai, não procurou ajuda.”

Um dos grupos mais antigos e atuantes de ajuda a pacientes e familiares é a Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (ABRATA), situada atualmente na Vila Clementino, em São Paulo. Os grandes centros universitários pelo país dispõem também de grupos semelhantes. Há os “Neuróticos Anônimos” e grupos de portadores de transtorno bipolar.

O psiquiatra Mauro Aranha, fala sobre a importância de se apoiar neste tipo de pilar: “Esses grupos ajudam portadores e familiares em prevenção e indicam rede de tratamento. Permitem também a expressão de um lugar de fala que dá um sentido mais concreto e compartilhado ao sofrimento e aponta caminhos possíveis de recuperação ou superação.”

A psicóloga Melina Ferreira vai além: “O ideal seria que o cuidador tivesse muito claro o que é a depressão, qual seu papel na contribuição do tratamento, quando sair de cena e quando voltar, já que pode existir uma ‘contaminação’ dos sintomas depressivos, devido ao ambiente, preocupação, atenção demasiada, além de suas próprias frustrações. Os profissionais da saúde precisam estar atentos e abertos para dar este apoio aos cuidadores”.

Há também que se separar um quadro de melancolia e tristeza com a depressão.

Isso faz toda a diferença para o doente. Saber diferenciar as patologias e emoções naturais são fundamentais para o tratamento e melhora da pessoa tratada, aponta Melina: “A questão problemática desta relação é que a depressão tem suas peculiaridades como doença e quem ajuda pode acabar cuidando como uma tristeza, frustração ou qualquer outra emoção ruim comum ao ser humano.

Isso gera conflitos e ambos sofrem com esta dinâmica: a pessoa com depressão se sente não entendida ou vista e o cuidador frustrado por não conseguir ajudar como gostaria. A depressão é uma doença muito autocentrada no paciente”.

A atriz e professora D., 38 anos, acabou procurando ajuda psicológica justamente para não desistir do seu namorado B., de 45. “Vou a sessões individualizadas com os médicos e analistas do meu namorado. Pedi ajuda da família. O peso é muito grande e você precisa estar preparada para lidar com as frustrações, que são muitas. Ter um grupo de apoio é fundamental”.

Já o arquiteto S. conta que leu bastante sobre o assunto e conversou com a psicóloga da noiva algumas vezes, sempre com ela presente, pra ficar claro que lidavam com aquilo juntos. E assim, com o tempo foi aprendendo, meio que na tentativa e erro, os tipos de conduta que poderia tomar quando ela não estava bem.

“Eu tento falar com ela de maneira muito lógica. Uma característica dela é ser extremamente pessimista, ela vê todas as possibilidades das coisas darem errado e vai desdobrando isso até chegar a consequências horríveis e fica extremamente ansiosa. Então eu cito fatos parecidos onde tudo deu certo, converso sobre como seria se algo ruim acontecesse, como iríamos resolver, sempre tentando ser muito claro, pra que apesar da depressão ela veja que está tudo bem. E isso sempre tem que ser feito com muita paciência e carinho, acho que pra ela, estar perto de uma pessoa tranquila ajuda muito”.

Mauro Aranha pede atenção especial à depressão que agrega angústia e desinteresse por tudo e todos, isolamento social e desesperança. “São ingredientes que podem levar o enfermo ao suicídio. E não se deve temer perguntar, de maneira acolhedora, ao enfermo se ele deseja ou planeja matar-se. Isso pode salvar uma vida”.

Para casos mais agudos, O CVV – Centro de Valorização da Vida – realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, e-mail, chat e 24 horas todos os dias. A ligação para o CVV em parceria com o SUS, por meio do número 188, são gratuitas a partir de qualquer linha telefônica fixa ou celular. Também é possível acessar www.cvv.org.br para chat, Skype, e-mail e mais informações sobre ligação gratuita.

Fonte: BBC News Brasil

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