Não adianta fugir, chorar, desistir de viver ou mudar de endereço! Pra onde a gente for no mundo a situação é mesma: guerra declarada contra o novo Coronavírus!
Como tudo que é novo assusta, incomoda e dá medo, agora não poderia ser diferente! Há uma corrida contra o tempo na busca por medicamento eficaz, vacina que ainda não temos.
Que dentro de nossas casas há idosos e pessoas do grupo de risco por já terem alguma doença que as deixa mais frágeis diante da Covid-19, é fato! Não sabemos, em maioria, lidar com a morte, então é desesperador sim. Eu também tenho medo pela minha mãe, tios, sogros, filhas pequenas, por mim, meu esposo, amigos, vizinhos, colegas da imprensa, da segurança e da saúde que estão em risco porque eles precisam sair de casa todos os dias pra trabalhar. Quem pode, o máximo que conseguir, peço: FIQUE EM CASA!
De alguns dias pra cá eu tenho tentado ver vídeos, ler, postar conteúdos na rede social pessoal (@nikefeitosa) sobre coisas positivas, boas que façam bem a mim e ao outro. O máximo que posso conciliar o trabalho com as crianças eu tento! Estou até curtindo mais ainda minha família do que antes. Sabe aquele medo de “perder” o que se tem que são as pessoas que estão aqui, ao nosso lado? Então, esse medo é necessário, pois às vezes a gente se acomoda sentimentalmente, passam dias e dias e não conversamos tanto, não cuidamos, não falamos o que sentimos … e agora estamos tendo a possibilidade de AMAR mais essas pessoas 24 horas dentro da mesma casa que a gente.
O Coronavírus chegou ao Brasil, e a cada instante os números crescem de forma acelerada e em grandes proporções por todo país, deixando a população brasileira em pânico. E a questão financeira pesa porque temos a maior parte da população em situação mais vulnerável com seus empregos de carteira assinada ou na informalidade.
Defendo e tento dizer para mim mesma: isso vai passar! A minha fé me ajuda a suportar as dores e dificuldades porque sozinhos não conseguimos. Seja uma fortaleza para alguém. Fale coisas boas, pense positivo e incentive quem está perto de ti. Se conhece profissionais que podem trabalhar de casa, ótimo! Incentive, elogie, ame mais!
Não está fácil para ninguém, mas precisamos dizer pra nossa mente que isso vai passar! Vamos superar! Outras pandemias aterrizaram países e o mundo todo em décadas e séculos passados e o ser humano tem essa possibilidade de, mesmo na dor, se adaptar e sobreviver!
Particularmente eu tenho família em sítio e, por isso, preferi estar num ambiente rural, isolado, mais calmo e bem distante da cidade. Claro que sinto falta de ir ao cinema, sair com as crianças para um passeio, deixá-las na escola, na creche, cumprir meu horário de atender aos clientes, visitar a imprensa, ir ao shopping, mas é um momento em que uma doença está afetando o sistema respiratório de pessoas e, sem cura, elas estão morrendo!
Chegou o momento de dizer pra nossa mente que não devemos sair de casa, pois sem necessidade extrema essa me parece ser a atitude mais egoísta de alguém no momento. Tanto quando comprar comida, máscara e álcool em gel e estocar, deixando faltar para outras pessoas que também vão precisar. NÃO É ASSIM QUE TEREMOS SAÚDE MENTAL DURANTE E APÓS A PANDEMIA!
A Psicóloga do Hapvida, Débora Silva, explica que “as medidas de isolamento social onde as pessoas devem ficar em casa e evitar ao máximo estabelecer contato físico, produz um alvoroço, também pandêmico. O que acaba causando sensações de medo e ansiedade e comportamentos pouco racionais do tipo: armazenar uma quantidade grande de álcool em gel ou papel higiênico, não deixando que outras pessoas possam comprar tais produtos ou agir de maneira preconceituosa com pessoas que foram contaminadas.”
Praticar a solidariedade dividindo o pouco que se tem gera bons sentimentos em nós, nesse enfrentamento, assim como respirar fundo pelo nariz e soltar várias vezes seguidas nos ajuda a manter uma certa tranquilidade em meio às dificuldades que todos temos na vida.
A psicóloga diz ainda que “a inteligência é o único meio que possuímos para dominar nossos instintos e necessitamos fazer uso dela no intuito de deixar para trás o pensamento mágico e possibilitar que o pensamento científico, baseado em evidências e experimentação, possa nos tirar da sombra da ignorância dos pré-conceitos e comportamentos disfuncionais que apenas contribuem para a geração de pânico e atitudes impensadas”.
Então, quanto mais eu pensar coisas boas e agir para me proteger e proteger quem está perto de mim, exercendo a coletividade, estarei exercitando minha saúde mental.