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Saiba mais sobre o fóssil e reconstituição da nova espécie de dinossauro achada no Cariri

George Wilson Por George Wilson
10 de julho de 2020 15:15
Saiba mais sobre o fóssil e reconstituição da nova espécie de dinossauro achada no Cariri

Imagem: Divulgação/Museu Nacional

Prefeitura do Crato

Após uma recente descoberta e extensa pesquisa que envolveu paleontólogos e pesquisadores da Universidade Regional do Cariri (URCA), Universidade Federal do Pernambuco (UFPE) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), foi divulgada oficialmente nesta sexta-feira (10), a nova espécie de dinossauro carnívoro, tendo fóssil achado na Bacia do Araripe. A pesquisa do Aratasaurus museunacionali foi publicada também na renomada revista internacional Scientific Reports.

A tipologia do nome, de acordo com os pesquisadores, se traduz da seguinte forma:

Ara – nascido

ata – fogo

sauros – denominação para espécies de dinossauros

museunacionali – em alusão ao Museu Nacional do Rio de Janeiro

Portanto, o animal teria como nome “Dinossauro nascido do fogo”, uma referência o prédio histórico do Museu Nacional, que teve seu interior consumido pelas chamas em 2018, incinerando inclusive muitos fósseis achados na região do Cariri, que estavam expostos lá. Esta é a primeira nova espécie divulgada após a tragédia.

Leia também: Nova espécie de dinossauro carnívoro é descoberta na Bacia do Araripe

Características

As principais características da espécie são a presença de penas em boa parte de seu corpo, apesar que não foram encontradas evidências de penas fossilizadas ao redor do fóssil associadas ao animal. Ele teria vivido na terra entre 115 e 110 milhões de anos atrás, sendo mais antigo que a espécie mas parecida do mesmo grupo já encontrada na região, o Santanaraptor.

Esta espécie também aparentava ter sido fossilizada ainda jovem, medindo cerca de 3 metros da cabeça até a ponta do rabo, e podendo chegar até 5 ou 6 metros de envergadura. Estima-se que o Aratasaurus quando adulto poderia ser bem maior. O animal, por ter inclinação horizontal, chegava a estar próximo a altura de um humano a adulto de estatura de 1.75 metro.

Comparação entre tamanhos. Imagem: Reprodução/Museu Nacional

Reconstituição

A reconstituição em miniatura de como seria o dinossauro foi feita pelo paleoartista João Eudes, formado em Artes Visuais pela Universidade Regional do Cariri (URCA) e atuante no Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, em Santana do Cariri.

Foto: Divulgação/Museu Nacional

Descoberta

Afloramento onde o fóssil foi descoberto, em uma mina de gipsita. Foto: Divulgação/Museu Nacional

A região onde o fóssil foi encontrado era permeada por um grande lago que, ao longo do tempo, sofreu alteração da salinidade com a entrada da água do mar. A fauna era ricamente povoada por pterossauros, dinossauros espinossaurídeos, aves, crocodilomorfos e peixes. A flora que circundava esse lago era composta predominantemente por coníferas (gimnospermas ou plantas com sementes), embora as plantas com flores em menor quantidade já estivessem presentes.

As condições climáticas da época e a variação de salinidade no paleolago tornaram o ambiente mais árido, o que favoreceu a adaptação de plantas xeromórficas (adaptadas para clima árido ou com muita salinidade), como a Pseudofrenelopsis. “Além disso, pequenos fragmentos escuros de material lenhoso encontrados próximos ao Aratasaurus parecem estar relacionados com a ocorrência de paleoincêndios da vegetação, indicando que haviam condições suficientemente secas para permitir a queima da vegetação que ali habitava”, comenta a paleontóloga do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, Flaviana Lima.

“Apesar de ser uma área muito conhecida e de importância internacional quando tratamos da ocorrência de fósseis, o achado do Aratasaurus nessa localidade nos dá a indicação que outros tipos de dinossauros carnívoros também habitavam essa região do Brasil no período Cretáceo”, ressalta o aluno de doutorado do Programa de Pós-graduação Zoologia do Museu Nacional/UFRJ, Arthur Brum.

Após ser descoberto em 2008, numa mina de gesso, o fóssil do Aratasaurus foi levado para o Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, em Santana do Cariri, no interior do Ceará, e em seguida, encaminhado para o Laboratório de Paleobiologia e Microestruturas, no Centro Acadêmico de Vitória, da Universidade Federal de Pernambuco para ser preparado e estudado. O processo de preparação, que consiste na retirada da rocha que envolve o fóssil, foi lento e complexo devido à fragilidade em que se encontrava o achado.

Entre 2008 e 2016 foram feitas algumas análises microscópicas de seus tecidos através de pequenas amostras dos ossos. Além disso, foi feito uma microscopia eletrônica de varredura no intuito de conseguir retirar a maior variedade de informações possíveis que permitissem reconstruir como seria esse animal em vida. Em 2016, o fóssil foi levado para o Museu Nacional/UFRJ para que uma pequena parte fosse preparada em detalhe. “Deixar um exemplar como este, pronto para estudo, requer cuidados especiais, tais como o uso de equipamentos e produtos adequados. Devido a fragilidade e grande importância do espécime, seu preparo requereu o uso constante de microscopia e de ferramentas de precisão”, explica o preparador de fósseis do Museu Nacional/UFRJ, Helder de Paula Silva.

Foto: Divulgação/Museu Nacional

Apesar do trágico incêndio de 2018 no Museu Nacional, a área onde estava esse fóssil não foi atingida e ele permaneceu intacto. A pesquisa então foi finalizada e agora 12 anos depois de ser descoberto, está sendo formalizada a descoberta de um novo dinossauro, homenageando a instituição científica mais antiga do Brasil, através de seu nome Aratasaurus museunacionali, já que o Museu foi fundamental para a finalização do estudo.

“A pesquisa desse novo dinossauro que, diga-se de passagem, se iniciou antes mesmo da tragédia de 2 de setembro de 2018, sintetiza a resiliência da instituição Museu Nacional. Nós não perdemos a capacidade de gerar conhecimento, o que nós fazemos através de parcerias como aqui já temos há décadas com a Universidade Regional do Cariri” ressalta Alexander Kellner, diretor do Museu Nacional/UFRJ. “Inclusive, ficamos muito felizes na iniciativa dos demais autores em prestar esta homenagem a nossa instituição. O Museu Nacional vive!” completa Kellner, que também é colaborador do estudo.

Anatomia

O fóssil do Aratasaurus é compactado, algo não muito comum nos fósseis encontrados na região. Apenas uma das patas do animal está preservada, a direita traseira. “A forma como os ossos estão dispostos, articulados, levam a crer que ele provavelmente deveria estar mais completo antes de sua coleta”, acrescenta Renan Bantim, paleontólogo da Universidade Regional do Cariri. Apesar de incompleto, grande parte das peculiaridades anatômicas do Aratasaurus em relação aos outros dinossauros celurossauros está nos dedos (dígitos) da pata.

Embora à primeira vista pareça pouco, esses ossos guardam características anatômicas importantes para sua classificação e para entender sua evolução. Pelas dimensões da pata e recorrendo a espécies evolutivamente próximas que são mais completas, a equipe chegou à conclusão de que se tratava de um animal de médio porte, chegando aos 3,12 m e podendo ter pesado até 34,25 kg. Porém, pela análise da microestrutura de seus ossos, foi possível verificar que se tratava de um dinossauro juvenil, podendo crescer ainda mais até chegar na sua fase adulta.

“Chegamos a essa conclusão analisando os anéis de crescimento que ficaram impressos nos ossos do Aratasaurus, contabilizando apenas quatro”, explica Rafael Andrade, Paleontólogo.

A anatomia do fóssil encontrado, principalmente a dos dedos do pé, indica que se trata de uma linhagem de dinossauro com origem mais antiga do que a que deu origem aos tiranossaurídeos. Isso também é novidade, pois embora os Coelurosauria tenham algumas formas icônicas, como o Tyrannosaurus rex, pouco se sabe a respeito da origem desse grupo de famosos dinossauros.

Também, não se sabe muito sobre onde essas linhagens mais antigas estavam no planeta. “O Aratasaurus aponta que parte dessa rica história pode estar no Nordeste do Brasil e na América do Sul. Sendo assim, ainda há muitas lacunas para desvendar esse quebra-cabeças evolutivo, mas com essa descoberta colocamos mais uma peça para entendê-lo”, ressalta Juliana.

“O Aratasaurus é uma linhagem irmã do Zuolong, um celurossauro do Jurássico da China, “isso que sugere que os celurossauros mais antigos estariam mais amplamente distribuídos pelo planeta e ao longo de um tempo maior”, relata o paleontólogo chinês Xin Cheng.

Além de sua importância científica o Aratasaurus guardará a responsabilidade de divulgar a paleontologia na região do Cariri. “Essa descoberta é um marco para o Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, pois será o primeiro fóssil de dinossauro depositado nesse museu e espera, com isso, aumentar a visitação de áreas do Geopark Araripe” comemora o paleontólogo da Universidade Regional do Cariri Álamo Saraiva.

Com informações do Museu Nacional do Rio de Janeiro

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Fotógrafo e repórter, com formação em Ciências Sociais pela Universidade Regional do Cariri.

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