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Como a série ‘The Handmaid’s Tale’ virou foco dos debates sobre a liberação do aborto na Argentina

1 de agosto de 2018 20:00
Como a série ‘The Handmaid’s Tale’ virou foco dos debates sobre a liberação do aborto na Argentina

Manifestantes argentinas usam como símbolo as cores e vestimentas de personagens da ficção científica de Margaret Atwood, escrita em 1985. | Foto: AFP

 

A série de TV americana The Handmaid’s Tale (baseada no livro O Conto da Aia, de 1985, da escritora canadense Margareth Atwood), virou foco dos debates sobre a legalização do aborto na Argentina.

No último mês de junho, logo depois que a Câmara dos Deputados aprovou a medida, e a encaminhou ao Senado, Atwood, de 78 anos, mandou mensagens no Twitter para a vice-presidente da Argentina, Gabriela Michetti.

Católica praticante e contrária à descriminalização do aborto, Michetti é a presidente do Senado. Seu voto será decisivo se houver empate na votação, marcada para o dia 8 de agosto.

“Não ignore as milhares de mortes que ocorrem a cada ano por abortos ilegais. Dê às mulheres argentinas o direito de escolher. Neste momento, as mulheres na Argentina estão lutando por seus direitos e suas vidas. Se a Irlanda pode fazer, a Argentina também pode”, disse a escritora.

No mês de maio, a Irlanda, que tem forte tradição católica e conservadora, aprovou em um referendo o fim da lei antiaborto, que desde os anos 1980 proibia a interrupção da gestação em quase todos os casos.

‘Batalha’ de cores nas manifestações contra e a favor do aborto

Em Buenos Aires, a série The Handmaid’s Tale inspirou protestos realizados por mulheres que apoiam a legalização do aborto em frente ao Congresso Nacional.

Vestidas com túnicas vermelhas e com toucas brancas como as que são usadas pelas “criadas” do título da série, mulheres argentinas caminharam em silêncio em frente ao Parlamento. No livro e na série, as criadas são mulheres férteis escravizadas e forçadas a gerar filhos para as classes mais ricas, num futuro em que a taxa de natalidade humana caiu para níveis muito baixos e o conservadorismo religioso ganhou mais adeptos no poder.

No segundo protesto, na semana passada, a atriz argentina Elena Roger – usando um lenço verde que simboliza o apoio à descriminalização do aborto – leu um texto enviado por Margaret Atwood.

“Aos senadores e senadoras argentinas, ninguém gosta do aborto, inclusive quando é seguro e legal. Não é algo para se festejar num sábado à noite. Mas ninguém gosta tampouco de mulheres sangrando até a morte em um banheiro após um aborto ilegal. As mulheres que não podem tomar a decisão de não ter bebês são escravas porque o Estado dispõe de seus corpos como propriedades e dita o uso desses corpos.”

O debate sobre o aborto “legal, seguro e gratuito” até a 14ª semana de gestação tem provocado protestos diários dos que são a favor e contra a medida. A disputa envolve leitores, escritores, médicos e religiosos, além dos políticos.

Nos últimos dias, grupos contrários ao aborto fizeram campanha contra a escritora argentina Claudia Piñero, que defende a medida. Eles pediram que sua participação em um evento fosse boicotada pelos patrocinadores. Nas redes sociais, acadêmicos e especialistas se solidarizaram com a escritora.

No fim de semana, por sua vez, médicos contrários à medida se manifestaram diante do Congresso.

Na segunda-feira, grupos religiosos e entidades que fazem campanha “pelas duas vidas” (da mãe e do feto) se concentraram com lenços azuis e cartazes em frente à residência presidencial, a cerca de uma hora do centro de Buenos Aires.

O lenço azul simboliza a aversão à legalização do aborto e nos protestos costuma ser acompanhado da bandeira argentina, que é azul e branca.

Questão de saúde pública x protestos religiosos

O presidente Mauricio Macri disse que não vetará a medida caso ela seja aprovada no Congresso Nacional. Se o texto for modificado no Senado, deverá voltar à Câmara dos Deputados.

Nos últimos dias, o ministro da Saúde, Adolfo Rubinstein, voltou a dizer aos parlamentares que a proposta é “uma questão de saúde pública” e mostrou dados sobre a quantidade de mulheres que chegam aos hospitais da rede pública pedindo auxílio após terem sido atendidas em clínicas clandestinas de aborto.

Segundo Rubinstein, o ano de 2014 teve mais de 47 mil internações na rede pública por complicações com abortos nas clínicas clandestinas. Ele afirmou ainda que os abortos e as mortes maternas “caem fortemente” nos países onde a medida é legalizada.

Manifestação contra a legalização do aborto em Buenos Aires, em 26 de junho de 2018
Protestos contra a descriminalização do aborto uniram católicos e evangélicos na Argentina, mas presidente disse que não vetará a medida. | Foto: Reuters

O ministro também disse aos senadores que 90% dos abortos passariam a ser farmacológicos – ou seja, feitos com o uso de um medicamento específico para o procedimento – caso a medida seja aprovada.

A fala didática do ministro foi muito diferente da apresentação de outros palestrantes diante dos senadores que, assim como os deputados, ouviram centenas de vozes contra e a favor da descriminalização.

Em meio ao debate, a Igreja Católica tem pedido a seus fiéis que se manifestem contra o aborto, segundo a imprensa local. Na semana passada, um grupo de padres que trabalham nas igrejas em bairros pobres chamou jornalistas para anunciar a criação de centros de “prevenção” ao aborto, que oferecem assistência às mulheres.

O apelo dos religiosos levou uma ex-parlamentar, que defende a medida, a dizer diante dos senadores que “nunca” viu “um protesto pelas crianças vítimas de abuso sexual” (por sacerdotes católicos).

Logo após a aprovação do texto na Câmara dos Deputados, no mês passado, o papa Francisco falou em “homicídios de crianças” e citou o nazismo.

“Todos se escandalizam pelo que faziam os nazistas pela pureza da raça. Hoje, fazemos o mesmo com luvas brancas”. Sua fala foi interpretada como um recado contra a medida.

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