O Caldeirão do Beato Zé Lourenço entra novamente na discussão sobre o tombamento por parte do Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (IPHAN). A informação do Secretário de cultura do Crato, Ilton Dedê, é que o instituto estaria fechando o processo sem declarar o equipamento patrimônio histórico. O tombamento já foi aprovado na Coordenação de Patrimônio Histórico do Estado (COPAHC). Mas no Iphan, o procedimento se arrasta e corre o risco de não ser aprovado sob argumento da falta de elementos.
O Caldeirão da Santa Cruz foi uma comunidade ataca por bombardeio do Governo na década de 30. A comunidade organizada pelo Beato Zé Lourenço abrigava as pessoas refugiadas da seca e do trabalho forçados a que eram submetidos nas fazendas particulares na região. A situação provocou a insatisfação dos poderosos e acabou sofrendo o ataque sob argumento de que se trataria de uma célula comunista.
Para conseguir o reconhecimento por parte do Iphan, o secretário cratense está tentando unificar forças com os municípios de Juazeiro do Norte, Nova Olinda e outros que tenham participação no contexto histórico, além de entidades como Ministério Público, Universidade Regional do Cariri (URCA) para reforçar a documentação à disposição do instituto, na expectativa de garantir o tombamento.