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Relíquias e artes decoram a Igreja dos Franciscanos

10 de março de 2018 09:02
Relíquias e artes decoram a Igreja dos Franciscanos

O Santuário de São Francisco foi inspirado nos edifícios lombardos do século VII e todas suas imagens vieram da Itália ( Foto: Antonio Rodrigues )

 

“Os missionários, porém, traziam um plano arrojado: erguer na cidade um templo dedicado ao Poverello, mais vasto, majestoso e artístico que o de Canindé. Expuseram o projeto à multidão devota e ela o aplaudiu”, narrou frei Carlos do Arary, em novembro de 1953, sobre a construção do Santuário de São Francisco de Assis, a popular Igreja dos Franciscanos, inaugurada no dia 6 de janeiro de 1956. Feita com colaboração de várias pessoas, inclusive romeiros, o local abriga diversos símbolos, cores e referências artísticas e arquitetônicas.

Construída no meio do mato, próxima à estação ferroviária, o local foi uma roça de mandioca e um pequeno campo de futebol. O terreno, que pertenceu ao Padre Cícero, foi doado à Diocese de Crato, que repassou aos capuchinhos. Segundo frei Raimundo Barbosa, atual pároco da Igreja, a vinda dos frades, em 1949, e a construção do Santuário foi uma forma de a Igreja combater o milagre de Juazeiro.

O teto possui nomes de pessoas e famílias que colaboraram na construção do templo gravados dentro de estrelas; a homenagem cobre toda parte do forro (Foto: Antonio Rodrigues)

 

“Dom Francisco de Assis Pires teve a ideia de chamar os capuchinhos para se instalar em Juazeiro do Norte a fim de criar a devoção por São Francisco e, de certa forma, abafar a atuação do Padre Cícero. Hoje, a realidade mostra que eles implantaram, mas Padre Cícero continuou amado e querido pelos romeiros”, conta o frade.

No dia da inauguração da pedra fundamental, em 6 de janeiro de 1950, o vigário da Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores, o Monsenhor Juviniano Barreto, foi assassinado a facadas durante o evento.

Apesar da fatalidade, a obra seguiu até ser concluída e celebrada exatos seis anos depois. “Chamaram os capuchinhos de loucos porque iam construir um monumento desses no meio do mato”, acredita frei Barbosa.

De acordo com os dados dos próprios frades, para a construção da Igreja dos Franciscanos, foram necessárias 560 mil horas de trabalho, 4.591 sacas de cimento, cerca de 49 mil quilos de ferro, 4.500 metros quadrados de vidro e, aproximadamente, 3 milhões de tijolos. Todo esse material e suor deu origem ao complexo que, hoje, possui a Igreja, o pátio, convento, abrigo, seminário e a Escola São Francisco.

Toda construção foi planejada pelo Frei Francisco de Milão, o “frade engenheiro”, como diziam, que trabalhou, incansavelmente, para sua conclusão. Os mais antigos contam que ele trabalhava durante o dia e São Francisco de Assis noite adentro. O frade italiano foi responsável também pelas edificações da Catedral do Nosso Senhor do Bonfim, em Grajaú, da Igreja Matriz de Imperatriz e da Igreja-monumento aos mártires do Alto Alegre, em Barra da Corda, todas no Maranhão. Além disso, planejou obras para conventos e escolas.

Edifícios lombardos

O Santuário de São Francisco foi inspirado nos edifícios lombardos do século VII e todas suas imagens vieram da Itália. A principal, do santo que fica no centro da Praça das Almas, veio de Milão. Ela é toda feita de bronze, pesa uma tonelada e tem quatro metros de altura.

Segundo frei Barbosa, a matéria-prima foi conquistada através de campanha na cidade italiana para que os donos de túmulos doassem objetos com a liga metálica.

Praça das Almas

“Crucifixo, jarras, letras. Recolheram tudo, derreteram e fundiram. Um homem fez a forma e dela só duas imagens, antes de quebrar. Só tem essa imagem aqui e em Milão. Por isso, se chama Praça das Almas, porque foi criada com material dos túmulos”, explica o Frade. A própria Praça das Almas é inspirada na Praça de São Pedro, do Vaticano, com 224 colunas que suspendem o “passeio das almas”, que circula a Igreja.

De acordo com a professora Adriana Botelho, a existência dos pátios que ladeiam as igrejas no Brasil remontam ao urbanismo do período colonial. Frequentemente, a construção de edifícios religiosos era acompanhada pela criação de um adro ou praça, mas seguiam um formato mais retangular.

No caso do Santuário de São Francisco, se assemelha à Basílica de Nossa Senhora das Dores, também na cidade de Juazeiro do Norte.

“É com o projeto da Basílica de São Pedro e, posteriormente, com a concepção barroca do pátio com forma elíptica circundado por colunatas construído entre 1656 e 1667 pelo artista e arquiteto Lorenzo Bernini que encontramos o modelo que influenciará os edifícios católicos posteriores. Principalmente àqueles que são locais de peregrinação cristã, recebendo grande número de visitantes”, explica Adriana.

A torre do relógio possui 50 metros de altura. Também pode ser vista a imagem dos quatro santos responsáveis por evangelhos do Novo Testamento: João, Marcos, Mateus e Lucas. Além disso, diversos símbolos atraem olhares curiosos, como a Cruz Pátea e o Brasão do Papado. Segundo o frei Barbosa, o uso das figuras é comum, pois durante os seminários, o livro “História Sagrada”, possuía muitos símbolos que narravam as histórias.

“É uma catequese pelas figuras. Nela tem o olho de Deus, que vê tudo. Muita gente que chega, vê e pensa que tem relação com a maçonaria. Mas ela está na história da Igreja. Ele é o que chama mais atenção. Assim como a cruz malta que pensam que tem a ver com Vasco”, brinca o frade.

Mas o que mais chama atenção é o teto, que possui nomes de pessoas e famílias que colaboraram na sua construção gravados dentro de estrelas. A homenagem cobre toda parte do forro. Era comum ter visível o registro dos doadores que contribuíam para a construção das igrejas em imagens ao lado dos santos nas pinturas e esculturas medievais e renascentistas europeias. “Eu, pessoalmente, não conheço outro exemplo com esse formato preenchendo todo o teto com o nome dos doadores como o observado na Igreja dos Franciscanos”, garante Adriana Botelho.

“Feita por muitas mãos”, como afirma frei Barbosa, os capuchinhos vendiam espaços na Igreja para a população. “Há, assim, um santo leilão de colunas, portas, janelas, vitrais, mosaicos, estrelas e rosas para forros, altares”, descrevia Frei Carlos do Arary, em 1953. Quatro colunas custaram 10 mil cruzeiros ao ex-governador Raul Barbosa.

Uma coluna menor, de um total de 28, custava cerca de 4 mil cruzeiros. Cinco janelas com vitrais custavam 20 mil e assim por diante. Os mais pobres traziam madeira, tijolos, pedras ou compravam coletivamente, como tem gravada em “tabuinha”: “Os pobres da Palmeirinha”. Tudo isso para ficar eternizado na Igreja. Na parte externa, no “passeio das almas”, só tem nome de pessoas que já faleceram pintadas nos brasões.

Adriana Botelho designa o Santuário como “estilo eclético”, pois está marcado por distintas características. “Essas imbricações do geral com manifestações locais podem gerar uma linguagem arquitetônica e estilística mais rica e autônoma. Temos um templo católico único e especial”, exalta a professora.

Com todas suas peculiaridades, o Santuário de São Francisco ainda atrai muitos visitantes, como o comerciante Expedito Francisco da Silva, que veio de São Paulo, conheceu a Igreja e fotografou. “Muito bonita, organizada. Gostei muito da frente da igreja e do altar. Como minha mãe estava doente, vim com meus irmãos conhecer e agradecer”, garante.

Tradição

Hoje, o Santuário de São Francisco é um dos principais pontos de peregrinação durante as romarias de Juazeiro do Norte, principalmente, na Romaria de Finados, em novembro. Os romeiros costumam, assim que chegam no Município, circular três vezes de dentro do ônibus a imagem de São Francisco, na Praça das Almas.

Na gruta, que fica detrás da Igreja, os fiéis levam sua água considerada sagrada. O passeio das almas é outro ponto de referência, uma caminhada de cerca de 300 metros. Nas noites de quarta-feira, a “Hora da Graça” reúne centenas de pessoas para uma tradicional missa criada por frei Damião.

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