Exame de triagem neonatal completa 49 anos de proteção à saúde dos bebês no Brasil
Em 6 de junho é celebrado o Dia Nacional do Teste do Pezinho, exame essencial para a saúde dos recém-nascidos e uma das mais importantes ações de prevenção da medicina moderna. Realizado no Brasil desde 1976 e obrigatório em todo o país desde 1992, o teste é capaz de identificar até 53 doenças graves, entre elas genéticas, metabólicas e infecciosas, a partir de uma simples coleta de sangue do calcanhar do bebê.
O exame deve ser realizado entre o 3° e 5° dia de vida do bebê. De acordo com o médico sanitarista Dr. Álvaro Madeira, “esse período é o ideal porque o recém-nascido já tem iniciado a amamentação, e algumas doenças só são detectadas após a metabolização de substâncias presentes no leite materno. O exame também é para detectar precocemente doenças graves, pois quanto antes elas forem tratadas, melhores e mais eficazes são os tratamentos.”
Entre as doenças rastreadas pelo Teste do Pezinho estão: hipotireoidismo congênito, fibrose cística, anemia falciforme e fenilcetonúria. Esta última é uma condição genética rara que, se não for tratada nos primeiros dias de vida, pode provocar danos cerebrais graves, atraso no desenvolvimento, convulsões e até microcefalia.
O exame é gratuito pelo SUS, e pode ser feito em unidades básicas de saúde e maternidades. Pais e responsáveis devem se informar sobre os locais de coleta em seu município. “O teste do pezinho é uma ferramenta gratuita e importantíssima para a saúde pública do nosso país. Com poucas gotas de sangue, é possível melhorar a saúde da população como um todo, reduzindo a mortalidade infantil e deficiências. É necessário reforçar a importância do teste para que nenhuma criança deixe de realizá-lo”, destaca o Dr. Álvaro Madeira.
