sexta-feira, 29 de março de 2024

8 filmaços para aprender muito sobre esportes

Esporte e arte são universos frequentemente em conversão; seja por uma jogada maravilhosamente plástica do atleta, seja por um retrato fiel da emoção eternizado pelo artista. No cinema, tal relação não é diferente, e uma série de filmes já foram capazes de contar histórias muito ricas sobre as mais diversas modalidades esportivas. Então, para te mostrar como o esporte pode ser para todos, nós separamos algumas boas produções sobre o assunto; vamos encher sua lista de recomendações?

Rush (2013)

Lançado em setembro de 2013, com a tradução ‘Rush – No Limite da Emoção’, no Brasil, o longa-metragem é uma verdadeira ode à Fórmula 1, misturando fatos reais e ficção para retratar a rivalidade entre Niki Lauda e James Hunt na década de 1970. Contando com as atuações do competente Daniel Brühl e do carismático Chris Hemsworth – ele mesmo, o Thor -, o filme funciona bem para construir a atmosfera dos bastidores da modalidade em uma era em que a segurança nas pistas não parecia ser a maior prioridade das equipes.

O enredo mostra como um acidente grave é responsável por mudanças que tornam o esporte mais seguro para os praticantes, algo que foi ainda mais discutido na década de 1990, após o trágico falecimento de Ayrton Senna. Além disso, Rush ajuda a reviver a memória do brilhante Niki Lauda, que faleceu recentemente, em maio de 2019, aos 70 anos de idade.

Miracle (2004)

À primeira vista, o filme parece trazer mais uma narrativa que tanto dominou o cinema Hollywoodiano durante décadas do século XX: a batalha dos norte-americanos contra os soviéticos. Porém, a produção foi lançada já em 2004, bem longe da Guerra Fria, e consegue encontrar um bom fio condutivo, visto que o foco é mostrar como o hóquei no gelo – esporte distante dos brasileiros – pode ser tão emocionante quanto um FlaFlu em um Maracanã lotado.

Nessa vertente, o longa dirigido por Gavin O’Connor e estrelado por Kurt Russell, Patricia Clarkson e Noah Emmerich, funciona bem. No desenrolar da história, vemos um técnico desacreditado comandar a equipe norte-americana nas Olímpiadas de Inverno do ano de 1980. O objetivo era claro: vencer a poderosa União Soviética; será que os EUA conseguiram? Não vale pesquisar no Google, veja o filme.

The Natural (1984)

Quem pretende assistir a The Natural tem que deixar de lado qualquer cisma com produções antigas, visto que é um lançamento de 1984. O filme vem de um livro ainda mais antigo, comercializado em 1952. E, curiosamente, o fator ‘idade’ é uma das principais discussões do longa-metragem. O personagem principal vivido por Robert Redford possui um talento natural para o beisebol desde muito jovem.

Porém, por circunstâncias da vida – um tiro, para falar a verdade -, Roy Hobbs se afasta do esporte por mais de uma década e meia. A paixão pelo beisebol fala mais alto e Hobbs vai em busca de tentar de novo, só que anos mais velho e desacreditado – tal qual o próprio filme. E a pergunta que fica é: será que há idade para mostrar o talento?

Rounders (1998)

O norte-americano Rounders, traduzido no Brasil como ‘Cartas na Mesa’, de 1998, sem dúvidas, está na lista de filmes obrigatórios para fãs de poker. O longa-metragem tornou-se um clássico que conta com as grandes atuações de Matt Damon, Gretchen Mol e Edward Norton, figuras ainda jovens à época, mas que ganharam bastante fama em Hollywood nos anos seguintes.

O brilhante trunfo de ‘Cartas na Mesa’ é fugir do mundo glamouroso frequentemente associado ao poker e mostrar que os grandes talentos do jogo podem estar bem distantes dos torneios milionários em paraísos ao redor do mundo. Após enfrentar sérias dificuldades financeiras, o personagem de Matt Damon, especialista no Texas Hold’em, precisa enfrentar os chefões do poker na cidade em partidas arriscadas e perigosas para retomar um dinheiro vital para sua própria sobrevivência.

Girlfight (2000)

Contar histórias de mulheres fortes já gera rebuliço nos anos 2020, imagina há duas décadas? E no caso de ‘Boa de Briga’, o termo ‘forte’ é bem literal, apresentando uma jovem que encontra no boxe uma alternativa para descarregar toda a tensão da vida problemática no Brooklyn, em Nova York. Estrelado por Michelle Rodriguez – que depois faria sucesso na franquia ‘Velozes e Furiosos’ -, o longa recria a atmosfera de ‘Rocky Balboa’, acrescentando temas ainda mais profundos com a discussão de gênero.

À época, ‘Girlfight’ rodou pelos festivais mais alternativos do cinema, como Sundance, passando um pouco longe das grandes salas lotadas. Porém, com a grande oferta de streamings na atualidade – disponível no Prime para algumas regiões – , vale gastar o tempo para assistir à produção, que acerta bastante ao mostrar o lado underground das lutas de rua, saindo dos esteriótipos de homens musculosos.

Harvard Beats Yale 29-29

O longa-metragem lançado em 2008 ‘abandona’ a ficção e se concentra na narrativa documental de um evento bem particular: o jogo de futebol americano disputado entre as universidades de Harvard e de Yale, em 1968. O título da produção ironiza o ‘milagre’ protagonizado por Harvard, que marcou 16 pontos no minuto final da partida e ‘venceu’ moralmente o confronto, finalizado em empate.

No Brasil, não há uma conexão muito forte entre clubes e instituições de ensino, mas no país norte-americano o contexto é diferente. As competições universitárias são bases importantes de formação de atletas para as franquias profissionais dos EUA. Assistir ao documentário vai te ajudar a entender um pouco mais sobre a expressividade das ligas das grandes universidades da região.

Queen to Play (2009)

A produção francesa foi traduzida no Brasil como ‘Xeque à Rainha’ e segue um caminho bem diferente de ‘Girlfight’ ao retratar uma personagem feminina. Na história, Hélène tem uma vida pacata com o marido e com a filha adolescente que aparentemente a faz feliz. Por mais que os dias pareçam todos iguais, ela não demonstra se incomodar muito com isso.

Porém, em um certo momento de curiosidade, Hélène pede que seu chefe a ensine a jogar xadrez. O que começa descompromissado vai virando paixão e, enquanto aprende a dominar as técnicas do esporte, a personagem passa a questionar sua própria vida calma e rotineira. Por fugir um pouco de Hollywood, o longa traz uma ambientação europeia que pode agradar quem curte um tipo de narrativa mais lenta e contemplativa.

Bend It Like Beckham (2002)

No Brasil já se fala bastante sobre futebol, então parece que o assunto encontra-se esgotado. Porém, não é bem assim, ainda se lança produções interessantes sobre o jogo e, mesmo no passado, dá para encontrar opções que vão além das trocas de passes dentro da área; e ‘Driblando o Destino’ é uma delas.

Com um contexto bem adolescente, a personagem Jess tem o sonho de ser jogadora de futebol, mesmo que sua família não a apoie. Seu grande ídolo é o inglês David Beckham, craque do Manchester, do Real Madrid e da Seleção. Além de mostrar as dificuldades de adentrar ao mundo do esporte, o longa retrata a idolatria em tempos sem Instagram e Twitter; vale a pena relembrar (ou conhecer).

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