A Polícia Federal (PF) faz buscas na sede do governo do Paraná nesta quinta-feira (22), na 48ª fase da Operação Lava Jato. Os agentes também cumprem sete mandados de prisão temporária nesta nova etapa, que ocorre em quatro estados e foi batizada de Integração. O diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem no Paraná (DER/PR), Nelson Leal, foi preso.
A investigação apura corrupção, fraude a licitações e lavagem de dinheiro na concessão de rodovias do Paraná.
Um dos alvos de busca e apreensão é Carlos Nasser, funcionário com cargo em comissão da Casa Civil. Atualmente, ele trabalha na coordenadoria de assuntos políticos da pasta.
O mandado de busca e apreensão cumprido no Palácio Iguaçu, sede do governo paranaense, tem como alvo a Casa Civil. Também há mandados de busca e apreensão sendo cumprdios na presidência do Departamento de Estradas de Rodagem no Paraná (DER/PR) e na Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar).
Ao todo, há 50 mandados de busca e apreensão que devem ser cumpridos no Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro.
Anel da Integração
De acordo com a PF, o foco desta etapa, que é a primeira de 2018, é a apuração de casos de corrupção envolvendo os procedimentos de concessão de rodovias federais do Paraná que fazem parte do Anel da Integração.
Criado em 1997, o Anel da Integração interliga as principais cidades do Paraná. São seis lotes de concessão de estradas federais por um prazo de 24 anos. O Anel da Integração tem 2,4 mil quilômetros.
Servidores da Receita Federal e representantes do Ministério Público Federal (MPF) também participam da ação.
Segundo a PF, uma das concessionárias alvo desta fase usou os serviços dos operadores Adir Assad e Rodrigo Tacla Duran, já investigados na Lava Jato, para lavar dinheiro.
Segundo a PF, os operadores viabilizaram o pagamento de propina a funcionários do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), do DER/PR e da Casa Civil do governo do Paraná.