Após parecer da comissão que investiga a tentativa de ataque a agências bancárias na cidade de Milagres, no mês de dezembro, oito dos doze policiais do Grupo de Ações táticas (Gate) envolvidos no caso voltaram às atividades normais. Foram quatorze mortos na ação, sendo seis reféns (cinco da mesma família).
A Secretaria de Segurança Pública do Ceará, que confirmou a informação, diz que “o trabalho concluiu que eles não atuaram diretamente no confronto com suspeitos, que resultou na morte de reféns”.
Nem a Polícia Civil nem a Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram informadas sobre a operação, sendo os policias do Gate os únicos no local.
Dois policiais – um sargento e um cabo – eram atiradores de elite (snipers), e estavam na posse de fuzis AR-10, que precisam de um apoio físico para atirar. Os outros dez militares também portavam fuzis de calibre 5.56. Todos também portavam pistolas 9 mm.
A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) investiga a responsabilidade dos agentes de segurança nas mortes. O Ministério Público do Ceará (MPCE) acompanha e fiscaliza as investigações.