As chuvas para o mês de fevereiro no Ceará estão acima da média histórica, conforme a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). Até esta terça-feira (20), o volume observado é de 157,6 milímetros, cerca de 32% acima da média.
E o Cariri é uma das regiões que está em destaque. Até agora, com o acumulado de 203,2 milímetros, as chuvas na área estão 21,8% acima do esperado, registrando um volume mensal ultrapassando a média histórica. De acordo com o supervisor da Unidade de Tempo e Clima da Funceme, o posicionamento favorável, mais ao sul do equador, durante alguns dias deste mês facilitou a formação de sistemas convectivos de chuva sobre o Cariri.
O balanço parcial da Funceme indica ainda que, o Litoral Norte é a macrorregião com a maior média até o momento. A média no território é de 258 mm, ou seja, 60% acima do volume normal, que é de 161,2 mm. Os maiores acumulados na macrorregião são nos municípios de: Granja (371.1 mm), Moraújo (365 mm), Chaval (326 mm), Martinópole (322 mm) e Barroquinha (320,4 mm).
Ainda por consequência das chuvas deste mês, o açude Caldeirões, que abastece o município de Saboeiro na região dos Inhamuns, é o primeiro dos 155 açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) a sangrar em 2018, após o acumulado de 127 milímetros de chuvas. De acordo com o gerente regional da Cogerh em Iguatu, a expectativa agora é que água chegue aos reservatórios menores que estão com nível mais baixo e também em Orós, o segundo maior açude do Estado e que atualmente, conta apenas com 5,83% da sua capacidade.


As chuvas de fevereiro são causadas pela influência da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), que é o principal sistema meteorológico causador de precipitações no Ceará. O período chuvoso geralmente torna-se mais intenso no mês de março.
Os volumes positivos até então estão dentro do previsto no início do ano, pela Funceme. O prognóstico divulgado em Janeiro, foi que a quadra chuvosa de 2018 teria a probabilidade de 40% acima da média histórica, 35% na média e 25% abaixo. Essa previsão para o trimestre deste ano, que compreende os meses de fevereiro, março e abril, foi a melhor dos últimos dez anos.