Mesmo depois da construção do Camelódromo do Crato, segue a problemática dos vendedores ambulantes que ocupam as ruas e calçadas do centro comercial da cidade. A Secretaria de Meio Ambiente e Serviços Públicos do Município promete a retirada desses comerciantes para um novo espaço. Mas enquanto a situação não se resolve lojistas, transeuntes e motoristas reclamam da obstrução das vias e calçadas.
Numa série de reportagens sobre os Centros Comerciais dos Municípios da região do Cariri, o site Badalo destaca a problemática que está instalada na cidade do Crato, há mais de quatro décadas. Apesar da recente entrega do Shopping Popular – antigo Camelódromo – o volume do comércio alternativo não teve qualquer recuo. Os 176 boxes não foram suficiente para abrigar essa fatia dos vendedores informais.
Os produtos são os mais diversos. Frutas, verduras, legumes, utensílios do lar, artesanato, brinquedos, acessórios para celulares, produtos importado,s e há ainda os lojistas que fazem da calçada uma extensão de seu comercio, tornando a via como expositores de seus produtos ou área exclusiva de seu comércio.
Os ambulantes alegam que com mais de 40 anos de atividade, em alguns casos, não seria justa a remoção dele agora sem que seja prestada uma assistência capaz de manter o nível de rendimento. Eles alegam que o deslocamento para o mercado Wilson Roriz geraria prejuízos, além da área não ser o suficiente para abrigá-los.
Já para os lojistas, há uma concorrência desleal quando o ambulante chega com seu produto e se instala provisoriamente. A explicação é que eles não pagam contas fixas como aluguel, eletricidade, água, alvará e impostos, além de contratação formal de funcionários. A ausência desses gastos faz com que os ambulantes tenham uma despesa menor e consequentemente consigam aplicar menor valor aos produtos, mantendo a margem de lucro e prejudicando o comercio formal do equipamento.


O debate tem desgastado diversas administrações de gestores públicos que tentam resolver a situação ao longo de anos. Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Associação Comercial, Câmara de Vereadores também já tentaram desenvolver um dialogo em torno da questão, sempre sem sucesso.
O secretário de Meio Ambiente do Crato, Brito Junior, declarou que estuda um local para realocar os trabalhadores das ruas. Apesar de reconhecer o tamanho do desafio, garantiu que até o mês de julho as ruas serão liberadas e assim devem permanecer. Conforme revelou, já existe um cadastro das pessoas trabalham há mais tempo nos locais apontados e que eles serão assentados num ponto que seja satisfatório para todos.