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Marcello Siciliano, de filantropo a vereador acusado de mandar matar Marielle Franco

9 de maio de 2018 01:47
Marcello Siciliano, de filantropo a vereador acusado de mandar matar Marielle Franco

Reprodução da foto de Marcello Siciliano, nesta quarta-feira durante entrevista coletiva.

Prefeitura do Crato

 

Uma das pistas mais importantes sobre a execução da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes foi relevada nesta terça-feira por uma reportagem do jornal O Globo, 55 dias depois do duplo assassinato, ocorrido no dia 14 de março: o vereador carioca Marcello Moraes Siciliano, do Partido Humanista da Solidariedade (PHS), teria tramado o assassinato junto com o ex-policial militar e miliciano Orlando de Oliveira de Araújo, segundo o relato de uma testemunha ouvida pelas polícias Federal e Civil.

Siciliano, de 46 anos, chegou a prestar depoimento como testemunha, há pouco mais de um mês, junto com outros vereadores. Dois dias depois, no domingo de 8 de abril, um de seus assessores parlamentares foi brutalmente executado dentro de seu carro, algo que foi interpretado como uma tentativa de queima de arquivo. Já Orlando está preso desde outubro do ano passado e cumpre pena por envolvimento com a milícia no bairro de Curicica, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

A testemunha, que não foi identificada e contará com proteção policial, também informou os nomes de quatro homens escolhidos pela dupla para cometer o crime que teria começado a ser arquitetado em junho do ano passado.

Em três depoimentos, a testemunha, que assegura ter sido coagida a trabalhar para o ex-policial, conta ter presenciado ao menos quatro reuniões entre ele e Siciliano. Sobre um delas, ocorrida em um restaurante no Recreio, contou: “Eu estava numa mesa, a uma distância de pouco mais de um metro dos dois. Eles estavam sentados numa mesa ao lado. O vereador falou alto: ‘Tem que ver a situação da Marielle. A mulher está me atrapalhando’. Depois, bateu forte com a mão na mesa e gritou: ‘Marielle, piranha do [deputado estadual Marcelo] Freixo’. Depois, olhando para o ex-PM, disse: ‘Precisamos resolver isso logo'”. O motivo de tanto ódio, segundo a testemunha, é o fato de que o grupo de Orlando, dono da comunidade Vila Sapê, trava uma guerra contra traficantes da Cidade de Deus. Para defender seus moradores, ainda segundo o depoimento, Marielle “peitava o vereador e o miliciano”. Uma briga teria inclusive ocorrido por meio das associações de moradores de ambas as comunidades.

Nesta quarta-feira, Siciliano convocou uma entrevista coletiva para negar as acusações, frisando que sua relação com Marielle era de amizade e que estava “chateado” com o teor do depoimento. “Agora mais do que nunca faço questão de que esse crime seja esclarecido mais rápido que nunca. Estou sendo massacrado nas redes sociais por algo que foi supostamente dito por uma pessoa que a gente nem sabe a credibilidade que tem”, disse. “A região da Cidade de Deus nunca foi meu reduto.

Em Curicica, também não tive votos. Coisas totalmente sem pé nem cabeça”, acrescentou. Disse não conhecer o ex-policial Orlando e que nunca esteve em uma reunião formal com ele, mas não descartou já ter interagido com o miliciano em alguma de suas passagens por favelas da Zona Oeste. Durante a entrevista, ainda comentou o seguinte: “Eu acho que a gente transforma a cidade dando direito de oportunidades. O resto, milícia, tráfico, são problemas de polícia. E não de política. O meu reduto é Vargens e cheguei adotando creches. A educação transforma. O direito de cidadania é pelo que eu luto. Eu sou totalmente contra qualquer tipo de poder paralelo. A polícia esta aí para me proteger. Que vão lá e façam o trabalho deles. Eu nunca fui interpelado”.

Carreira política forjada em bairros dominados por milicianos

Siciliano está em seu primeiro mandato como vereador do Rio de Janeiro, eleito pelo PHS com 13.553 votos. A maioria deles, segundo verificou o EL PAÍS no site do Tribunal Regional Eleitoral do Rio, são provenientes de bairros da Zona Oeste da cidade, nos arredores de Jacarepaguá, Barra da Tijuca, Recreio, Vargem Grande e Vargem Pequena. São regiões da cidade que abrangem áreas — como Anil, Gardênia Azul e Rio das Pedras — dominadas por milicianos, grupos paramilitares formados por agentes do Estado da ativa e da reserva, tais como policiais e bombeiros, que controlam serviços como o de transporte, distribuição de gás e instalação de internet e TV a cabo, além de possuir o respaldo de políticos e lideranças comunitárias. Estima-se que cerca de 160 comunidades, e dois milhões de pessoas, estejam submetidos ao poder das milícias em todo o Estado do Rio.

Elas já elegeram deputados estaduais e vereadores, vários deles presos após a CPI das Milícias de 2008 comandada pelo deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL).

Siciliano aterrissou na Câmara após sucessivas derrotas eleitorais e mudanças de partido. Em 2010, tentara se eleger deputado estadual pelo Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), se apresentando como o candidato que, por suas obras sociais, havia sido um dos brasileiros indicados a concorrer o prêmio Nobel da Paz — algo que inclusive mereceu destaque em reportagem da TV Record. O EL PAÍS não conseguiu confirmar se a indicação de fato ocorreu. Seja como for, os 8.013 votos conquistados naquelas eleições se mostraram insuficientes.

Quatro anos depois, em 2014, voltou a concorrer ao cargo, dessa vez pelo Partido Social Democrata Cristão (PSDC). Naquele ano, o jornal O Globo publicou uma reportagem sobre um relatório sigiloso, chamado “Extrato de inteligência de número 2 das eleições 2014”, que fez com que o Tribunal Superior Eleitoral solicitasse apoio das Forças Armadas para garantir o bom funcionamento das eleições no Rio.

O documento identificou 41 áreas dominadas por milicianos e traficantes nas quais “grupos (criminosos) atuariam na coação das pessoas que residem naquelas localidades como forma de impedir o pleno gozo dos direitos políticos”. Candidatos encontravam dificuldade para fazer campanha, mas alguns deles tinham passe livre para fazer propaganda. Siciliano era um deles. Sua imagem e do também candidato Domingos Brazão predominavam entre placas e cartazes na Gardênia Azul, bairro de Jacarepaguá sob domínio de milicianos.

O jornal carioca também constatou que ambos montaram comitês dentro da comunidade e mostrou relatos de moradores que diziam obrigados a colocar em seus muros as placas dos candidatos. Siciliano melhorou seu desempenho e conquistou 18.287 votos, mas ainda assim insuficientes para elegê-lo.

Boa relação com Crivella e uma mensagem lamentando a morte de Marielle

Nascido em 1972, o hoje vereador se casou muito cedo, aos 19 anos. Pai de quatro filhos e avô de três netos, suas falas sempre são carregadas de menção a sua família e a Deus. Com ensino médio completo, mas sem passagem pela universidade, se consolidou como um bem sucedido empresário da construção civil com diversas ações sociais, geralmente ligadas ao esporte e educação, em bairros e comunidades da zonas Norte e Oeste. Seu mandato como vereador também vem sendo marcado por ações e projetos sociais em seu reduto eleitoral, onde possui livre movimentação apesar das facções criminosas que dominam muitos dos bairros. Faz parte da base de apoio ao prefeito Marcelo Crivella (PRB), com quem tem boa relação e geralmente aparece em vídeos publicados em sua página no Facebook.

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