sexta-feira, 13 de junho de 2025

Ginástica laboral: veja a importância dessa prática na rotina profissional

Atividades repetitivas, postura inadequada e longas horas sentado ou em pé podem impactar negativamente a saúde do colaborador, levando ao desenvolvimento de doenças ocupacionais, como as Lesões por Esforço Repetitivo (LER) e os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT). De acordo com a Previdência Social, esses tipos de lesões representam cerca de 30% dos afastamentos concedidos nas empresas, totalizando mais de 10 mil trabalhadores nos últimos anos.
Os sintomas dessas condições incluem desconforto, dores, inchaços, formigamentos, fraqueza nos membros e redução da mobilidade. Em casos mais graves, pode ser necessária intervenção cirúrgica. Uma medida eficaz para prevenir o desenvolvimento dessas lesões é a adoção da ginástica laboral. Realizada por um especialista em fisioterapia da saúde, essa atividade consiste na elaboração de um conjunto de exercícios e alongamentos que ajudam a aliviar tensões, podendo ser executados antes, durante ou após o expediente.
Segundo o Ministério da Previdência Social (MPS), no último ano, os principais motivos para a concessão de benefícios por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença) foram lombalgia e hérnia de disco — ambas associadas à execução de movimentos repetitivos e má postura. Para Josilene Linhares, fisioterapeuta e docente do curso de Fisioterapia do UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Juazeiro do Norte, além das vantagens físicas, a ginástica laboral é excelente para proporcionar relaxamento e promover a socialização entre os colaboradores.
“Às vezes, os colaboradores nem se conhecem tanto, por conta do fluxo de trabalho. Mas, nesses momentos do exercício, os fisioterapeutas estimulam tanto o lado da socialização, com momentos dinâmicos e lúdicos, como também o aspecto físico e a saúde mental”, afirma.
A LER e o DORT são síndromes compostas por múltiplas lesões que comprometem articulações, músculos, ligamentos, nervos e tendões. Os locais mais comumente afetados são os membros superiores, como mãos, dedos, braços, ombros e pescoço. A região lombar também está entre as áreas mais acometidas. Além da elaboração de um planejamento de exercícios, o fisioterapeuta realiza uma avaliação ergonômica do espaço de trabalho e da mobília adequada às necessidades dos colaboradores.
No entanto, a adoção da ginástica laboral por empresas ainda é pouco difundida. De acordo com a especialista, parte dessa resistência ocorre porque muitos empresários ainda não conhecem as vantagens dessa prática. “Quando são instruídos sobre a importância dessa atividade e percebem como o benefício é maior do que o custo, logo passam a aderir”, complementa Josilene.

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