Arde, dói e não é normal perder urina. Apesar da vergonha no começo, Alexsandra percebeu que precisava de ajuda, pois até ao falar mais alto, gritar ou rir ela sentia a perda de xixi. Agora, a paciente está em tratamento, mas não curada ainda.
A verdade é que foi preciso relaxar e buscar ajuda profissional. Se você sofre desses sintomas ou conhece alguém que está passando por isso, busque informação e tratamento para que não deixe de curtir a vida por causa da doença.
Segundo especialistas, a incontinência urinária é a perda de urina involuntária e essa doença atinge homens e mulheres, fazendo com que muitos sintam vergonha e parem de sair de casa por causa disso. Ela não é caracterizada apenas como um problema físico, podendo afetar emocionalmente, psicologicamente o cotidiano dessas pessoas que acabam vivendo a mercê da doença.
Existem quatro tipos de incontinência urinária, são elas: a de esforço; a de urgência (bexiga hiperativa/nervosa), de estresse e a mista. Conforme fisioterapeuta Carolina Macedo, especialista na área, a de esforço é a perda de urina que ocorre ao tossir, espirrar, caminhar, correr ou pular. Isso leva a perdas urinárias em episódios, podendo ocorrer em gotas ou em grande quantidade. Existem alguns medicamentos para esse tipo de incontinência urinária, mas as principais recomendações de tratamento estão na fisioterapia pélvica e na cirurgia.
A incontinência urinária de urgência é a perda de urina associada a um desejo súbito e urgente de urinar, característica da bexiga hiperativa (bexiga nervosa), que ocorre porque o indivíduo não consegue chegar ao banheiro a tempo. Muitas vezes a pessoa passa a urinar com muita frequência e em algumas vezes a urina escapa antes de chegar ao banheiro. Essa condição pode ser tratada de diversas maneiras, incluindo medicamentos, estímulos elétricos com equipamentos de fisioterapia, treinamento dos músculos perineais, uso de toxina botulínica e implantes de estimuladores elétricos nas raízes nervosas.
A incontinência de estresse geralmente acomete mulheres mais jovens e durante a gravidez. Já a incontinência mista é caracterizada pela presença em algumas pessoas dos dois tipos de incontinência urinária, ou seja, apresenta sintomas de perda de urina ao esforço assim como apresenta sinais de urgência para urinar, podendo ou não estar associado a perdas urinárias.
De acordo com os dados da Sociedade Brasileira de Urologia, a incontinência urinária atinge 35% das mulheres com mais de 40 anos, após a menopausa e em 40% das gestantes. Cerca de 5% da população (homens e mulheres) sofre de incontinência.
Algumas vezes, após diagnóstico, são necessários exames mais específicos, sendo um deles o estudo urodin mico, que auxilia o médico a definir o diagnóstico preciso para escolher o melhor tratamento.
A fisioterapeuta afirma que a incontinência urinária não é um problema relacionado à idade, algumas mulheres mais novas podem desenvolver esse problema após os partos, gestações e exercícios com muito peso e muita carga, além de estar diretamente ligada à obesidade. O importante é estar atento ao próprio corpo e buscar ajuda.
