A Secretaria da Saúde (Sesa) informou nesta quinta (2) que emitiu um comunicado com orientações sobre a hepatite aguda aos municípios, especialmente no que se refere a notificação e o acompanhamento de forma ágil dos suspeitos. No Ceará, dos seis casos notificados, um foi descartado.
O Ceará não tem ainda um caso provável, ou seja, quando são descartadas as infecções por todos os vírus conhecidos causadores da doença (A,B,C,D ou E). Outros exames são feitos para determinar se é possível que a causa dos sintomas seja outra, como adenovírus, Covid-19 ou arboviroses (dengue, zika e chikungunya).
Conforme o infectologista Robério Leite, em todo o mundo os casos têm sido registrados mais em crianças abaixo de cinco anos e que em algumas situações há necessidade de transplante.
O mundo todo está em alerta para tentar identificar os casos e as causas dessa situação. Mais de três quartos dos casos têm sido registrados em crianças abaixo de cinco anos. O sistema de saúde precisar ficar em alerta para acompanhar porque uma parte significativa de casos ocorreu com gravidade necessitando inclusive de transplante hepático e outros resultaram em morte, mas ainda há muita coisa para ser esclarecida, explicou.
A Secretaria reforçou que, no último dia 13 de maio, foi publicada uma nota de alerta com orientações e procedimentos para profissionais e unidades de saúde em casos suspeitos e confirmados de hepatites virais.
Sintomas
A hepatite aguda apresenta diferentes sintomas: gastrointestinais, como diarreia ou vômito, febre e dores musculares, mas o mais característico é a icterícia – uma coloração amarelada da pele e dos olhos.
Para o diagnóstico da hepatite de causa desconhecida, o ministério adota protocolos que elencam três estágios para os casos:
- Em 1º, o caso é colocado como “suspeito”;
- Após, há o estágio “provável”, onde o quadro clínico é compatível com a doença, porém não tem confirmação laboratorial;
- O quadro é colocado como “confirmado” quando exames laboratoriais atestam a doença.
