O Ceará apresenta cenário mais favorável para chuvas dentro da média histórica no trimestre de fevereiro a abril de 2019. A avaliação climática aponta que, no Estado, há 40% de probabilidade para chuvas em torno da normal climatológica, 30% de chance para chuvas acima da média e também 30% de chances do período se encerrar abaixo do normal. O prognóstico foi divulgado pela Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme), nesta sexta-feira (18).
A previsão é resultado de análise da Funceme sobre os campos atmosféricos e oceânicos de grande escala, como também dos resultados de modelos numéricos globais e regionais, tanto da instituição estadual como de outras do País, incluindo o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) e Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), além de institutos internacionais.
Durante a apresentação do prognóstico, o presidente da Funceme, Eduardo Sávio, reforçou que a categoria mais provável de chuvas para o Centro-Sul do Ceará é abaixo da normal, enquanto a região mais próxima da faixa litorânea deve estar acima da média.
Segundo prognóstico divulgado nesta sexta, observa-se ainda a tendência de redução das chuvas ao longo da estação chuvosa, principalmente a partir do mês de abril. O prognóstico indica probabilidades referentes a uma tendência média do volume acumulado de chuva para o trimestre como um todo e não para cada mês, em particular. Em fevereiro de 2019 será divulgado o prognóstico climático para o Ceará abrangendo o trimestre março, abril e maio.
Abastecimento e aporte dos reservatórios
O secretário dos Recursos Hídricos, Francisco Teixeira, projetou que as chuvas deverão permitir o Estado a atravessar mais um ano com abastecimento da população, de forma semelhante aos anos de 2018 e 2017. E também destacou que as chuvas dentro da média não significam aportes mais significativos.
“Alguns reservatórios poderão ter aporte significativo, outros reservatórios não. O que nos preocupa, mesmo tendo as chuvas dentro da média, são os grandes reservatórios. A gente sabe que açudes como Castanhão, Orós, Banabuiú, que respondem por 60% de nossas reservas hídricas, só têm aporte significativo em períodos chuvosos muito intensos”, pontuou.