Todos ficaram surpresos com a renúncia de Juarez Saraiva à presidência do Icasa, na noite desta terça-feira (28). Ele foi eleito no dia 26 de julho deste ano e assumiu o cargo no dia 01 de agosto. Mais surpreendente foi o motivo. Segundo Gutemberg Campos, gerente do Icasa, em entrevista ao repórter Aluísio Vilar, familiares de Juarez Saraiva estavam sendo ameaçados e isso foi determinante para a renúncia. Valdinor Bueno, vice-presidente e Gutemberg Campos, gerente, também irão deixar o clube.
O curioso é que tudo ocorre no dia em que o Icasa vivia um impasse. O Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol Cearense, através de Tássia Alfeu, secretária geral do TJDF-CE, confirmou a nossa reportagem, que o Icasa, até a tarde desta terça-feira, não havia dado entrada em nenhum tipo de ação, junto ao tribunal. Ao saber dessa informação, tentamos contato com o então mandatário alviverde e ele se limitou a dizer: “Estarei me manifestando o mais breve sobre isto e te informo”, disse. Mas, isso não aconteceu.
Na sexta-feira(24) da semana passada, a diretoria do Icasa afirmou que estava dando entrada no TJDF-CE em uma ação contra o Barbalha, que teria utilizado um jogador irregular. No entendimento do clube, uma vez a Raposa Caririense perdendo os pontos o Verdão do Cariri poderia ser beneficiado e conseguiria, assim, a vaga na primeira divisão.
A notícia deixou o torcedor icasiano esperançoso, enquanto o de Barbalha preocupado. Porém, para surpresa de todos, Lúcio Cariri, presidente do Barbalha, foi a sede da Federação Cearense de Futebol e no TJDF-CE e ele disse a reportagem do Badalo que não havia nada contra a Raposa no tribunal. Este fato começou a provocar curiosidade. Fato este confirmado a reportagem do Badalo pelo próprio tribunal, nesta terça(28).
Enquanto se esperava um argumento do presidente do Icasa, ele já estava organizando, a carta renúncia. Carta que também não deixa claro o verdadeiro motivo de Juarez Saraiva ter tomado essa atitude. Agora o presidente do conselho deliberativo, França Bezerra, deve assumir interinamente o clube.
O episódio só frustrou ainda mais o torcedor icasiano, que alimentou esperanças que tudo pudesse dá certo e o Verdão retornasse a elite do futebol alencarino. Durante a reunião do conselho deliberativo em que Juarez Saraiva renunciou, ele não falou com a imprensa e demonstrava está muito emocionado.
Agora o torcedor do Icasa vive mais um pesadelo. O Verdão não tem a vaga para a Série A do Cearense, não tem mais presidente na executiva e ainda ficou sem a versão oficial do clube sobre a declaração do TJDF-CE de que o Icasa não tinha dado entrada em uma ação contra o Barbalha, enquanto o próprio Icasa confirmou essa ação na semana passada.
No momento em que as coisas pareciam melhorar, eis que surge mais uma crise no ambiente icasiano.