Os cerca de 28 museus, públicos e privados, da região do Cariri estão sendo organizados para compor uma rede regional do museus. Muitos destes equipamentos estão atualmente sem manutenção e com parte de seu acervo em estado de degradação ou sem os devidos cuidados. O projeto discutido envolve agentes culturais que trabalham para interligar estes museus, em proposta apresentada durante a Semana Nacional de Museus, realizada pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM).
O evento, realizado em diversas cidades de todos os estados brasileiros, tem como foco promover, divulgar e valorizar os museus brasileiros, além de aumentar a participação destes equipamentos nos percursos turísticos e na promoção da cultural e patrimônio regionais. Na programação que ocorreu em Juazeiro do Norte, no Memorial Padre Cícero, houve na última terça-feira (15), a palestra “Uma rede de museus para o Cariri: desafios e possibilidades”.
Em reportagem do Jornal do Cariri, o organizador da Semana Nacional de Museus no Cariri, Alberto Siebra, explica que a edição deste ano do evento teve como tema ‘Museus Hiperconectados’. Ressaltando a importância de unificar as ações destes equipamentos, para que os mesmos não estejam entregues a falta de estrutura e gestão adequadas, que não agregue o devido valor de preservação das obras e atividades ali desenvolvidas. “Infelizmente, alguns museus da região sofrem com a falta de apoio, seja da iniciativa pública ou privada, e é preciso pensar em novas estratégias para mantermos esses espaços em atividade”, afirma Alberto Siebra.


Cristina Holanda, presidente da Fundação Memorial Padre Cícero, informa que, no último levantamento feito por entidades governamentais em parceria com as prefeituras, foram contabilizados 28 museus públicos e privados. “Com a criação de uma rede, nós nos tornaremos mais fortes e, com isso, as possibilidades das conquistas acontecerem serão bem maiores. Essa iniciativa irá fortalecer a implementação de políticas públicas para o setor e deve estimular também o apoio da iniciativa privada”, diz Cristina Holanda.