domingo, 10 de novembro de 2024

Rádio Carrapato abre as portas para turma e de jornalismo da UFCA

O professor Luan Santana, levou uma turma de jornalismo, da Universidade Federal do Cariri (UFCA), para visitar a rádio comunitária Carrapato, no bairro Novo Lameiro, Crato. O professor Luan ministra a disciplina de radiojornalismo para os estudantes do 3° semestre do curso. A visita tinha como objetivo agregar conhecimentos relacionados a produção de jornalismo de rádio, além de disseminar a importância do papel das rádios comunitárias para a população.

As rádios comunitárias, cumprem um papel social, o qual é, justamente, a ligação direta com a comunidade, levando a população a conhecer suas próprias características e necessidades. Elas são o resultado de várias lutas sociais pela inclusão e democratização dos meios de comunicação. Através de suas programações diversificadas, fomentam a educação, disseminam a cultura local e fortalecem a participação das pessoas na sociedade.

Durante o encontro, os responsáveis pela rádio, contaram um pouco da história e de como foi o surgimento, “Ela surgiu de uma curiosidade de saber como funciona uma rádio, aí a gente ficou com essa curiosidade até que um dia o Magaivel com seus conhecimentos tecnológicos disse, vamos fazer uma rádio, e eu disse ‘uma Rádio?’ e a partir dai começamos a construir”, disse Samuel, um dos fundadores da Rádio.

Questionado em tom de brincadeira, Magaivel disse que a rádio começou na sala de sua casa e só depois veio para o lugar atual, “No começo, essa rua era como uma trilha, então, quando alguém passava e perguntava o que a gente estava fazendo, não dizíamos, mas quando dizíamos estarmos testando uma rádio as pessoas respondiam ‘dá uma cadeia da mulesta’ isso nos deixava com medo”, desabafou ele.

Ele falou ainda sobre as dificuldades, relacionadas ao acesso aos equipamentos, que no começo, era muito difícil por falta de recursos, por isso eles começaram apenas com um CD. “Quando as pessoas ligavam pedindo músicas e nós víamos que não tinha no MP3, enrolávamos, ‘Não tinha essa, mas essa aqui vai para fulano’ então a gente colocava uma legal”, riu Gugu, outro membro.

Após a conversa, que durou cerca de duas horas, houve um espaço para perguntas, em que os graduandos se mostraram bem interessados sobre as programações da rádio. Os responsáveis, organizaram também um tour pela biblioteca da rádio e pelo estúdio.

Erica Formiga, enfermeira, comunicadora, militante e membro antigo. Falou sobre inclusão, Fake News e o difícil acesso a informações confiáveis no período de pandemia, após recitar o poema Poetas Populares do compositor, poeta e cordelista baiano, Antonio Vieira. Ela falou também sobre o seu programa, quadro da rádio carrapato, que foi um sucesso de audiência. “Para mim a rádio é um meio de comunicação, mas também um meio de resistência”, concluiu.

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