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Após incêndio em laboratório, aluna do interior do Ceará descobre material que pode amenizar poluição global

24 de maio de 2018 13:56
Após incêndio em laboratório, aluna do interior do Ceará descobre material que pode amenizar poluição global

Foto: Arquivo Pessoal

 

Natural do distrito de Ema, a seis quilômetros de Iracema, município com pouco mais de 13 mil habitantes no interior do Ceará, a estudante de 19 anos Myllena Cristyna da Silva fez uma descoberta científica após provocar um incêndio no laboratório da escola onde cursou o ensino médio. O incidente resultou em uma pesquisa de reciclagem de isopor e na geração de um material que pode ser usado para blindar o vazamento de petróleo no mar, contribuindo para a redução de um dos maiores problemas de poluição ambiental em todo o mundo.

A estudante desenvolveu a pesquisa ao ingressar no Instituto Federal do Ceará (IFCE) de Limoeiro do Norte, no curso técnico em Meio Ambiente.

“O diferencial do trabalho dela é que além de propor uma nova rota de destinação final para os resíduos de isopor, e isso já em um ponto positivo relacionado a questão ambiental, ela também gera um novo produto no mercado que vai trabalhar com a blindagem ou contingência de vazamento de petróleo”, comenta o orientador e professor de Gestão Ambiental do IFCE de Limoeiro do Norte, Phylippe Santos.

Neste ano, ela participou pela segunda vez da Intel ISEF (International Science and Engineering Fair), maior feira de ciências do mundo, nos Estados Unidos, de onde voltou no último domingo (20). Com o projeto, ganhou duas bolsas de estudo para universidades do Arizona.

Incêndio

Enquanto fazia o experimento com isopor e solvente no laboratório da escola, Myllena se distraiu conversando com amigos e deixou a estufa queimar. O incêndio atingiu parte do local, quando a adolescente, desesperada, levou o experimento à pia. O choque térmico causado pela água formou uma espécie de cristal, e a partir de pesquisas com esse cristal, ela chegou ao material que pode ser usado em embarcações de petróleo para evitar vazamento e a consequente poluição da água.

A estudante escolheu trabalhar com isopor porque precisava participar da feira de ciências da escola. “No início do ano trocaram os ares-condicionados e juntou muito isopor na escola. A professora falou que isopor era sensível a solvente, e como tinha que fazer o projeto, reaproveitei o material que já tinha, mas não sabia o que ia produzir”, conta.

Depois do incêndio, a punição para Myllena foi ficar afastada por um mês do laboratório. No entanto, a pesquisa ficou parada por quase um ano. Segundo ela, a escola não tinha equipamentos para desenvolver os testes.

Pesquisa

Se trata de um ciclo de reutilização do poliestireno expandido, conhecido popularmente como o isopor. A partir da retirada desse material do meio ambiente, a estudante conseguiu desenvolver cristais lisos e porosos. Submetendo esses materiais a uma bactéria, a jovem cientista diminuiu o tempo de decomposição do isopor no planeta – de cerca de 150 anos – para sete meses.

Myllena explica por que o produto desenvolvido com a técnica também impacta na poluição do mares com petróleo. “Todos os dias acontecem viagens de navio petroleiro, e é obrigatório fazer uma lavagem pra retirar o material impregnado no lastro, para não influenciar na próxima carga. A água utilizada pra isso é a água o mar, que é poluída com o petróleo. Esse material vai servir como película protetora do lastro, repele 95% do petróleo que ficava impregnado. Mesmo com a lavagem, as empresas não perdem material, nem ele vai pro meio ambiente”, detalha.

Além disso, a pesquisa desenvolveu um ciclo completo de reutilização do isopor, material que comumente é descartado de forma irregular no meio ambiente.

Com a bactéria usada para decompor plásticos, Myllena percebe que, na reação, é excretada a própria matéria-prima de que é feito o isopor e outros tipos de plástico: o óleo de estireno. Isso significa que, em vez de ser descartado de maneira imprópria, um isopor usado poderia ser reaproveitado pela própria empresa fabricante e submetido ao processo descoberto pela cientista, para gerar outros materiais, diminuindo o custo da empresa.
A pesquisa de Myllena também tem impactos econômicos. “O segundo ponto é resolver um dos problemas considerados um dos maiores problemas ambientais: o derramamento de petróleo no mar. Isso gera impacto ambiental e econômico, o petróleo é um material caríssimo, o derramamento causa prejuízo enorme”, ressalta.

Ela foi procurada para patentear o produto, mas recusou por não considerar a proposta de divisão de royalties justa.

Impossível

Filha de pai agricultor que estudou até o ensino fundamental, e de mãe doméstica, com ensino médio, Myllena nunca imaginou que pudesse alcançar uma realidade tão distinta.

Para os pais, ver a filha realizando tamanho feito é algo inacreditável. “Estou conquistando coisas que, pela nossa realidade, as pessoas julgam impossível. Não sou filha de advogado ou médico. Eles, que não tiveram oportunidade de estudar, vendo eu conquistar duas bolsas numa faculdade nos EUA… enchem os olhos d’água. Liguei pra minha mãe e disse ‘passei, vou pros EUA’, ela começou a chorar, não conseguia dizer nada no telefone”, reflete a estudante.

O interesse pela ciência começou ainda nos primeiros anos da escola, quando conheceu as feiras científicas. “Não sabia como era, achava que era como na TV, com vulcões explodindo…”, conta.

Vencendo as feiras estudantis do interior, ela se reconheceu e abraçou o próprio caminho. “Na feira estadual, que era um nível mais avançado do que a realidade que eu tava acostumada, foi como um incentivo. Foi onde vi que era aquilo que queria pra minha vida, que eu amava ciências e feiras científicas.”

Myllena pretende cursar uma universidade pública no Arizona a partir do próximo ano, que lhe dará ajuda de custo para permanecer no local. “Minha avó tá aqui dizendo que não quer que eu vá, mas vou sim, é meu sonho”, diz, entre risos.

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