Acontece, desde as 9 da manhã desta sexta-feira (24), o julgamento de Elson Siebra de Deus, de 47 anos, que atirou conta a ex-esposa Silvany Inácio de Sousa, de 26 anos, na Praça da Sé, em Crato, em agosto de 2018.
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Em conversa com o repórter Toni Sousa, o Promotor de Justiça José de Deus, que representa o Ministério Público no julgamento, afirma que a linha da acusação é o feminicídio, caracterizado pela futilidade da motivação do crime, que teria sido ligado ao fato de a vítima não querer a volta do relacionamento. “A crueldade resplandece no perigo comum, porque ele [Elson] tirou a vida dela [Silvany] em praça pública, num banco onde estariam mais duas senhoras”. Nas acusações há também a impossibilidade de defesa por parte da vítima, como explica o Promotor.
Apesar de Elson ter optado por não comparecer ao plenário, o julgamento segue normalmente, como conta José de Deus. “É de suma importância para defesa e acusado contar a sua versão dos fatos, mas não muda o correr do julgamento”, afirma o Promotor.
O julgamento conta com três testemunhas, sendo uma delas a própria mãe da vítima, que relata os conflitos e as ameaças exercidas sobre a filha através de gravação. As outras duas testemunhas compareceram ao plenário.
“Não vejo nenhuma circunstância de absorvição sob o acusado”, encerra o Promotor de Justiça José de Deus, que não mensura ainda os anos de pena a que Elson pode ser condenado.