O dia 25 de novembro é marcado como o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres. Na manhã desta segunda-feira (25),o Café pela Vida Das Mulheres homenageia Silvany Inácio de Sousa, assassinada em agosto de 2018 pelo ex-companheiro na Praça da Sé, em Crato, onde a ação acontece.
Com a 3° Marcha das Mulheres Negras do Cariri, que ocorreu na cidade no último dia 20, a região entra num período de luta e ativismo pelo fim da violência contra as mulheres. Uma das organizadoras da ação, a professora Zuleide Queiroz, afirma que, com a marcha, o Cariri deu abertura aos 16 dias de ativismo, “que para nós se tornam 21 dias. A gente vem para praça pública porque essa praça representa muito nosso espaço de luta e o direito das mulheres ao espaço público”.
Além de Silvany, outras mulheres vítimas de violência no Cariri e no Brasil também foram lembradas pela ação. “Viemos aqui para lembrar a morte violenta de mais uma mulher, a Silvany. Nós queremos justiça, nós queremos o julgamento de quem matou Silvany, nós queremos lembrar quem matou Marielle, queremos pedir justiça e paz para a família da Cidcleide Campos e de Rayany Alves”, diz Zuleide. A família de Silvany também esteve presenta na Praça.
A ação foi organizada pela Frente de Mulheres do Cariri, Grupo de Valorização Negra do Cariri (Grunec), Conselhos da Mulher do Crato e Juazeiro, Conselho LGBT e Abemav.
Morte de Silvany
Silvany Inácio de Sousa, de 26 anos, era professora em uma escola privada do Crato e foi morta pelo ex-companheiro, Elson Siebra de Deus, de 47 anos, no dia 19 de agosto, na Praça da Sé, durante a festa da padroeira.
A mulher estava com o filho sentada em um dos bancos da praça, quando foi morta a tiros pelo ex-marido, que segundo a polícia, não aceitava o fim do relacionamento. No local estavam diversas famílias, inclusive crianças.
