O dia 14 de novembro é marcado como o Dia Mundial do Diabetes, campanha de conscientização e prevenção da doença. O Brasil é o quarto país com maior número de diabéticos do mundo, segundo o International Diabetes Federation (IDF). De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), existem atualmente, no Brasil, mais de 13 milhões de pessoas vivendo com a doença, o que representa 6,9% da população nacional.
Diabetes é uma doença crônica onde corpo não produz insulina, hormônio que controla a quantidade de glicose (açúcar) no sangue, ou não consegue empregar adequadamente a insulina que produz.
Na Diabetes Tipo 1 há uma influência genética, ter um parente próximo com a doença aumenta as chances desenvolvimento mas, segundo a SBD, ainda não há pesquisas conclusivas sobre os fatores de risco para esse tipo da doença. Essa variedade é sempre tratada com insulina, medicamentos, planejamento alimentar e atividades físicas, para ajudar a controlar o nível de glicose no sangue.
Já para o Tipo 2, existem fatores de risco para o desenvolvimento, como pressão ou colesterol altos, estar acima do peso, principalmente se a gordura estiver concentrada em volta da cintura, ter pais com diabete, doença renal crônica, diagnóstico de alguns distúrbios psiquiátricos, como esquizofrenia, depressão, transtorno bipolar, apneia do sono. Cerca de 90% das pessoas com diabetes têm o Tipo 2. Dependendo da gravidade, ele pode ser controlado com atividade física e planejamento alimentar. Em outros casos, exige o uso de insulina e/ou outros medicamentos para controlar a glicose.
Diabetes Gestacional
Durante a gravidez, para permitir o desenvolvimento do bebê, a mulher passa por mudanças em seu equilíbrio hormonal. Nesse processo, algumas mulheres acabam desenvolvendo um quadro de diabetes gestacional, caracterizado pelo aumento do nível de glicose no sangue. Quando o bebê é exposto a grandes quantidades de glicose ainda na barriga da mãe, há maior risco de crescimento excessivo.
O diabetes gestacional pode ocorrer em qualquer mulher e nem sempre os sintomas são identificáveis, segundo a SBD. Por isso, recomenda-se que todas as gestantes pesquisem, a partir da 24ª semana de gravidez, como está a glicose.
A Diabetes gestacional é controlável, e feita, na maioria das vezes, com a orientação nutricional adequada. A prática de atividade física também é recomendada, com a ressalva de que deve ser feita somente depois de avaliada se existe alguma contraindicação, como por exemplo, risco de trabalho de parto prematuro.
Consequências
O diabetes pode causar o aumento da glicemia e as altas taxas podem levar a complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos. Em casos mais graves, o diabetes pode levar à morte.
Cerca de 40% dos diabéticos sofrem de alterações oftalmológicas e a retinopatia é uma das principais ameaças à visão dessas pessoas. A doença afeta o sistema circulatório da retina, onde há células receptoras responsáveis por perceber a luz e por enviar imagens ao cérebro. Os danos a esses vasos provocam vazamento de fluido ou sangue, causando fibrose e desorganizando a retina. Com isso, o paciente enxergará imagens distorcidas ou borradas podendo perder parcialmente ou integralmente a visão. O tratamento é feito através de laser, injeção de substância que inibe e regride os vasos em formação.
A retinopatia está ligada ao tempo de evolução da doença, mas existem cuidados que podem diminuir os riscos. Para isso, é muito importante seguir o tratamento. É possível manter uma vida saudável, desde que o paciente se comprometa a manter o tratamento de forma efetiva e constante.
Crianças
Diabetes na infância é uma das doenças que mais causam terror na vida dos pais. Isto porque, os doces e frituras, são comidas que as crianças têm fácil acesso e preferência. Para evitar a doença, é importante o estímulo da alimentação saudável logo cedo, durante a transição do aleitamento para comidas sólidas. Incentivar a realizar atividades físicas, como andar de bicicleta, correr, nadar, etc também é uma boa dica.
Onde fazer o teste de glicemia no Cariri
O diagnóstico de diabetes é feito por meio do exame de sangue disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde. Em Juazeiro do Norte todos os postos de saúde disponibilizam o teste. Já em Barbalha, como parte da campanha Novembro Azul, também são ofertados testes de glicemia. As ações são itinerantes e visitam vários bairros da cidade durante o mês.
A Clínica Escola da Universidade Leão Sampaio também oferta o serviço de realizações de exames laboratoriais de forma gratuita e entre estes exames estão aqueles para diagnóstico e acompanhamento de pacientes diabéticos, sendo eles glicemia de jejum, glicemia pós-prandial, hemoglobina glicada e teste oral de tolerância a glicose. O laboratório funciona se segunda a sexta no campus Lagoa Seca e as pessoas que tiverem interesse em realizar os exames devem levar a solicitação médica e documentos de identificação no dia da marcação