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Como casais estão sendo afetados pela diferença de voto

2 de outubro de 2018 17:00
Como casais estão sendo afetados pela diferença de voto

Foto: Andrey Popov/Thinkstock

 

Em 26 anos de casamento, Douglas Fedocio e Janine Fedocio, de Juiz de Fora, nunca tinham votado em candidatos diferentes para presidente de República. Até agora. Douglas, que tem 51 anos e é empresário, quer eleger Jair Bolsonaro (PSL). Janine, que tem a mesma idade do marido e é professora de balé, vai votar em Álvaro Dias (PODE).

Mesmo com a divergência, Douglas diz que não discutem por causa das eleições. “Se a gente quer democracia, a gente tem que ter democracia dentro de casa”, afirma.

Os dois são um retrato de como está se configurando a votação para presidente neste ano. O primeiro turno terá praticamente duas eleições: a dos homens e a das mulheres. Entre os homens, o ex-capitão do Exército está disparado no primeiro lugar, com 37% da intenção de voto. Já entre as mulheres, Bolsonaro tem cerca da metade do apoio, 21%, o que o coloca em posição de empate técnico com Fernando Haddad, que tem 22%. Os dados são da última pesquisa Datafolha, divulgada na noite de sexta-feira (28).

É a primeira vez, desde 1994 pelo menos, que a escolha das mulheres e dos homens para presidente pode ser diferente. As pesquisas de intenção de voto são a única forma de medir essa diferença.

“A diferença do voto feminino e masculino no Bolsonaro é um movimento curioso. A baixa entrada dele entre as mulheres reflete uma visão de que ele vai governar para os homens e que tem uma visão ultrapassada do papel feminino”, diz Andréa Marcondes de Freitas, docente de ciência política da Unicamp.

Nesta eleição de 2018, essa diferença muitas vezes se reflete dentro de uma mesma família, como é o caso de Douglas e Janine. Douglas diz que vai votar no ex-capitão porque quer mudanças. “Sou empresário formado em jornalismo e filho de um ex-assessor do Itamar Franco. Vivo política desde os meus 6 anos e vou votar no Bolsonaro porque no meu ponto de vista ele é o único que pode mudar o sistema político do momento”, diz.

Janine afirma que não vai votar em Bolsonaro porque não concorda com seus discursos sobre homossexuais e mulheres. “Tenho medo do que ele fala sobre o papel da mulher na sociedade, sobre (as mulheres) ganharem menos e contra homossexuais. Eu tenho muitos amigos gays e fico bem revoltada com as coisas que ele fala, com o Bolsonaro sendo tão homofóbico”, afirma Janine. O casal encontrou um equilíbrio para evitar brigas dentro de casa.

“Eu gostaria que ela votasse no Bolsonaro, mas acho que deve haver respeito pela opinião alheia e isso deve começar dentro da nossa própria casa, só assim a gente tem o crescimento de uma sociedade politizada”, afirma Douglas. Por outro lado, Janine conta que os amigos de seu marido, que também vão votar em Bolsonaro, tentam convencê-la a todo momento a mudar seu voto.

A empresária Dyessica Vieira, de 25 anos, e o namorado, que é Policial Militar, até já combinaram de não conversarem mais sobre o assunto para não acabarem brigando. Ela aderiu movimento #EleNão, contra Jair Bolsonaro, e pretende votar em João Amoêdo (Novo). Ele deve votar no ex-capitão do Exército.

“Eu detesto qualquer ideia de Bolsonaro”, diz Dyessica. “Me incomoda. Além de ser extremamente machista e preconceituoso, na minha concepção ele não tem preparo nenhum pra ser presidente. A gente está numa crise grande. Precisamos de alguém inteligente, preparado. Ele é político há anos e nunca fez nada. Sabe gritar muito, tem muita frase de efeito, mas não tem preparo. Ele não entende de economia e tudo o que fala é fake news”, diz a empresária. Ela conta que o namorado diz que “o Brasil está uma bagunça e Bolsonaro vai pôr ordem”.

As discussões não chegam a abalar o relacionamento do casal, de Balneário Camboriu, em Santa Catarina. Os dois pretendem morar juntos no ano que vem.

Monique Camargo, de 26 anos, e Sérgio Sírio, de 31, não acham que as diferenças sejam um problema para sua relação. O casal diz que, na verdade, gosta de debater.

“É muito bom isso (os dois pensarem diferente). Mantém a gente mais atualizado sempre, se informando mais. A gente acaba buscando mais informação pra ter o que conversar”, diz Sérgio. “A gente vai trocando ideias, a gente está sempre aberto a ouvir tudo.”

Os dois estão juntos há 12 anos e sempre conversaram muito sobre tudo, incluindo política. Ambos trabalham como bartender em um clube de praia de Florianópolis, em Santa Catarina. Monique também é formada em biologia.

Monique afirma que é contra “essa disseminação de ódio gratuita (de Bolsonaro). Ele prega a divisão, e não a união. Ele não vai levar o Brasil a lugar nenhum, muito pelo contrário. Ele tem umas ideias muito antiquadas. Não tem respeito com a vida, não tem respeito com nada, não tem respeito com as mulheres. Não é uma pessoa que quero para me representar.”

“(Bolsonaro) é influente porque é revoltado e tem muita gente revoltada. Ele se sente insatisfeito, como muitos de nós estamos, mas de uma forma muito radical. Acho ele muito extremista”, diz ela, que afirma que não é “feminista nem de esquerda” e que vai votar nulo. “Nenhum candidato deste ano tem condições pra salvar o país.”

Sérgio conta que o segredo para lidar bem com as opiniões diferentes é ter na cabeça a ideia de que os dois têm o mesmo objetivo. “Nós dois compactuamos de uma ideia: todo brasileiro quer um Brasil melhor. Todo brasileiro sonha em ter uma país super desenvolvido”, explica Sérgio. “O objetivo é comum, é o mesmo. Só o caminho que é diferente.”

A intenção de voto de Bolsonaro entre os homens é 16 pontos maior que entre as mulheres, segundo o último Datafolha. Além de mostrar que homens e mulheres podem eleger candidatos diferentes pela primeira vez, as pesquisas também apontam que a diferença de votação de homens e mulheres em um candidato nunca foi tão grande.

Os dados também indicam que a atual distância entre o voto de homens e mulheres em Bolsonaro pode aumentar. “A quantidade de mulheres indecisas é maior que a de homens. A rejeição de Bolsonaro entre as mulheres também é maior. Por esse motivo, a gente imagina que um maior número das indecisas deve se posicionar contra Bolsonaro”, afirma a cientista social Marcondes de Freitas.

Ela explica que o tamanho da diferença deve fazer com que mais casais votem de maneira diferente. “Pensando nas pesquisas hoje, deve ter muito mais casais divididos do que tinha antes. A diferença é tão grande que é inevitável que parte dessas mulheres que rejeitam Bolsonaro sejam parceiras de homens que votam nele”, pondera a especialista.

Para a estudante do Rio de Janeiro Ana Barreto, de 22 anos, a resolução para essa diferença de valores foi terminar o namoro. “Claro que não é apenas a diferença política, aconteceram outras coisas. Mas também foi um fator”, diz ela.

O antigo relacionamento começou em abril de 2017 e terminou em junho de 2018. No início, o namorado, de 40 anos, dizia que não tinha simpatia por Bolsonaro. “Perguntei muitas vezes. Ele dizia que não votava, que não gostava”, conta Ana. Mas, segundo ela, ele tinha uma conta anônima no Twitter onde compartilhava posts em favor do ex-capitão.

Franciele Ieck e Luiz estão juntos há mais de 5 anos e – apesar de sempre terem votado diferente (ela votou em Dilma Rousseff em 2014, ele, em Aécio Neves) – os dois nunca tinham brigado por política. “Está muito difícil. A gente discute todo dia, feio, de ficar sem se falar”, conta Franciele, que mora em uma cidade no interior do Rio Grande do Sul. Franciele aderiu ao #EleNão e pretende votar em Ciro Gomes (PDT). Seu namorado defende o voto no ex-capitão do Exército.

Franciele e o namorado eram amigos de infância – se conhecem desde os doze anos de idade. Mas ela diz sentir que só conheceu o namorado de verdade agora, em época de intenso debate político. “Não é só uma questão de candidato, a gente realmente começou a divergir sobre como viver a vida”, afirma. “Ele (Bolsonaro) tem um discurso de ódio. Para mim já não é uma questão de política, é uma questão ética e moral.”

“Uma das brigas que a gente teve foi porque meu namorado disse que, se um dia a gente tivesse um filho gay, ele consertava na base da porrada”, diz ela. “Ele sempre pensou diferente de mim, mas essas eleições fizeram ele ficar mais radical nessas posições”, diz Franciele.

O casal vive uma verdadeira crise e ainda não encontrou um meio termo para essas diferenças.

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