Um grupo de ao menos 15 pessoas com passagens compradas de Guarulhos para o voo 6316 da Avianca Brasil, com destino a Recife tiveram uma surpresa dupla na noite desde domingo de Páscoa, 21.
Eles não puderam embarcar no voo porque, segundo funcionários da companhia, a empresa precisou realocar passageiros de um voo anterior que havia sido cancelado. Além disso, foram informados de que terão de esperar até esta segunda-feira, 22, para voar.
A aérea, que está em recuperação judicial e cancelou mais de 1.000 voos até o próximo domingo (28), não ofereceu acomodação a eles, como deveria fazer segundo determinação da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
Quando funcionários da empresa disseram que a Avianca não tem oferecido mais hospedagem nesses casos porque os hotéis não têm aceitado as reservas da marca.
“Nosso voo não estava na lista de cancelamentos. Fomos fazer o check-in no aeroporto e disseram que o avião estava lotado, que só teria vaga amanhã. Não tive oferta para reembolso no guichê”, disse o autônomo Pedro José da Silva.
“Houve overbooking. O voo anterior foi cancelado e os passageiros foram alocados no nosso. Não ofereceram nada para a gente além da alimentação. Só disseram que existe uma possibilidade remota de embarque em voos de outras companhias”, afirma o empresário José Soares.
Reembolso
Ao menos em um caso, a empresa também ofereceu reembolso inferior ao valor pago pelo passageiro após o cancelamento do voo, o que é irregular.
Um passageiro que não quis se identificar teve seu voo de Guarulhos a Curitiba cancelado no dia 17 de abril. Ao pedir o reembolso da passagem, pelo site da Avianca, conseguiu reaver R$ 63 dos R$ 464 pagos pela viagem.
Seu voo de volta, marcado para esta segunda-feira estava confirmado no site da companhia. No guichê da companhia no aeroporto de Curitiba, porém, funcionários da Avianca o informaram que o voo provavelmente seria cancelado por conta da redução da frota da empresa.
Procurada, a Avianca Brasil afirmou que não vai comentar os casos.